Uma comissão suprapartidária de políticos e empresários do Estado do Pará esteve hoje (15) em Brasília com a Ministra do Planejamento, Myriam Belchior, debatendo o retorno dos investimentos na Hidrovia Araguaia-Tocantins ao PAC.
O texto abaixo foi capturado do Facebook do presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Ítalo Ipojucan (foto), presente ao evento e que resume bem o que foi tratado sobre a obra que Marabá merece e o Brasil precisa. Segue o texto:
“Após explanações dos participantes a respeito da importância da hidrovia para o Brasil e o Pará, sobre a expectativa gerada e o anseio das comunidades, a preocupação com o tempo para implantação do projeto e o que o atraso nas eclusas poderia gerar, a ministra ponderou;
O Governo entende investimentos em logística (hidrovia) como prioridade nas ações de governo.
Justificou a suspensão do processo licitatório, em virtude de ter apresentado indícios de super orçamentação. Os trabalhos exigidos para obtenção das licenças ambientais estão em ritmo normal, entretanto o projeto necessita de ajustes.
Foi determinado a realização de um reestudo do projeto envolvendo seus custos, que já está pronto e em fase final de análise pelo corpo técnico do DNIT. Concluso será avaliado a condição do processo licitatório suspenso, ser aproveitado.
Por uma determinação Presidencial o tema derrocamento esta sendo apresentado à Vale para que ela analise a possibilidade fazer esse investimento. Segundo a ministra, o Governo Federal na pessoa da Presidente Dilma, tem o entendimento que a VALE necessita participar mais de investimentos estratégicos dentro do Pais.
Adiantou ainda que já houve uma reunião com a Presidência da Vale nesse sentido, e que a Vale se mostrou receptiva a discutir a proposta do governo Federal.
Com o resultado do reestudo da derrocagem em mãos, ela estará apresentando à VALE , como ficou definido na reunião inicial, para continuidade das negociações a respeito sua participação no investimento.
Esse é o estágio do processo, portanto somente após essa reunião e as decisões nela tomadas, teremos novos direcionamentos.
O Governo Federal conta com essa participação da VALE, tanto que na reunião não se cogitou a possibilidade de ter um não como resposta . Disse ter uma regularidade nas conversas com a mineradora e que a ALPA é uma realidade nos investimentos dela em Marabá.
Ficou surpresa com os boatos que indicava a possibilidade da ALPA não acontecer, no que acionou a VALE a respeito, em resposta a VALE confirmou seus investimentos em Marabá.
Foi enfatizado à ministra que só com a ALPA não é possível desencadear o movimento que queremos. A partir dela se viabiliza o projeto ALINE, com ele a possibilidade da diversificação da atividade industrial e um novo corredor de desenvolvimento no Norte. Isso exige celeridade na decisão e execução da derrocagem do Lourenço.
Particularmente, acho que demos mais um passo no processo de cobrança. Demonstramos a necessidade e a união de todos os envolvidos nesse processo, políticos, sociedade civil e empresarial. Entretanto, entendo que temos que continuar cobrando”.
1 comentário em “Ítalo Ipojucan: a derrocagem do Lourenço…”
Deve ser brincadeira, só pode. Coisa de governo petista. Onde já se viu exigir que uma empresa privada ser convocada a fazer investimentos que são de única responsabilidade do poder público? Daqui a pouco a Vale será convocada a investir na copa da roubalheira, e na olimpiada do utopismo.