Do Carajás O Jornal:
O problema da falta de água em Parauapebas, que afeta boa parte da população, principalmente as famílias que residem nos bairros mais altos da cidade tem se agravado muito nos últimos quinze dias. Até mesmo nos bairros aonde o líquido precioso chegava às torneiras regularmente, a reclamação é geral.
Nossa equipe de reportagem procurou o gestor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), Edvando Cabral, que gentilmente nos cedeu uma entrevista para esclarecer os diversos fatores que causam, ou que simplesmente contribuem para a defasagem na distribuição de água na cidade. “Nós produzimos diariamente, 28 milhões de litros de água por dia. Isso daria para abastecer a população de Parauapebas se nós tivéssemos um consumo médio normal, porque a Organização Mundial de Saúde prevê uma média de 110 litros de água por dia por pessoa e o consumo aqui na cidade ultrapassa 250 litros de água por pessoa por dia. É mais do que o dobro do que preconiza a Organização Mundial de Saúde.
Sabendo das particularidades que Parauapebas tem, nós trabalhamos com uma capacidade acima. Nós consideramos a média de consumo de 200 litros de água por dia por pessoa. Mesmo assim, a gente não consegue abastecer em virtude dos diversos “gatos” da rede precária que nós temos e nos locais onde não temos a rede implantada pelo SAAEP, a água chega de forma precária”, esclareceu.
Outro fator que contribui para a distribuição defasada da água, segundo Edvando, é o clima quente e seco que predomina na região, o que leva as pessoas a multiplicarem o número de banhos diários, tentam amenizar a poeira das ruas sem pavimentação, lavam calçadas, garagens e quintais com água tratada, entre outros desperdícios. “Além do consumo exagerado em virtude do forte calor, as pessoas não atentam para uma torneira que fica pingando, um chuveiro totalmente aberto, então, esses mínimos detalhes fazem a diferença na hora do abastecimento”, acrescentou.
Problema maior – Como se não bastasse a constante falta de água na cidade de Parauapebas, outro fator agravante e recordista em reclamações é a frequente falta de energia elétrica que tem causado sérios transtornos para a população. De acordo com Edvando, esse também é um problema que afeta diretamente a rede de distribuição de água. “Toda vez que há uma interrupção no fornecimento de energia, a gente demora de vinte a trinta minutos para reestabilizar o sistema. Nos últimos quinze dias isso tem acontecido numa média de cinco vezes ao dia e isso causa muitos transtornos. Só na última segunda-feira (24) foram queimadas duas bombas de captação de água. Nossa equipe de manutenção ficou trabalhando até uma e meia da manhã de terça-feira (25), quando nós retomamos a produção normal.
A falta de energia nos gera uma falha no fornecimento, pois a gente fornece menos água ainda do que a gente já produz diariamente e com isso, os reservatórios das casas ficam vazios e para gente recuperar isso, precisamos de no mínimo dois dias. Como se não bastasse, cada interrupção dessa, a rede esvazia. A rede esvaziando, enche de ar, criam bolhas que em muitos lugares não se consegue dar pressão para que a água possa subir nos lugares mais altos.
As pessoas não entendem que para se tirar o ar de uma rede é muito complicado e como nossa rede é muito precária em termos de qualidade, se torna complicado tirar essas bolhas que criam na rede. Com isso, a gente diminui mais ainda a quantidade de água tratada, além de diminuir a pressão na rede que acaba caindo por causa dessas bolhas de ar”, concluiu.
8 comentários em “Gestor do SAAEP explica motivos da falta de água na cidade”
não tem agua no meu bairro só por um motivo sou pobre se eu fosse rica tinha agua avontade?????????????vc sabe quem tem dinheiro faz milagre!!!!!!!!!!!
A explicação que posso dar é a seguinte: INCOMPETÊNCIA!
A explicação que posso dar é a seguinte: INCOMPETÊNCIA!
Sem contar dos gatos que tem a té na ksa do procurador, chega de miaus!!!!!!!! vamos resolver o problema!!!!
Ótimo comentário do Sr. Wander. Claro, e esclarecedor. Tecnicamente existem muitas falhas na malha de distribuição de água em Parauapebas, mas esse post foi muito esclarecedor e nos leva a raiz do problema. Sem mencionar os gatos e os cortes na rede de água tratada feitos na invasão, um deles denunciado por mim na própria SAAEP, na invasão do Morro do Odilon, e nada foi feito. Ninguém da SAAEP apareceu lá, e os cortes continuam a detonar o asfalto. Junta-se incompetência com falta de vontade e chegamos onde estamos. Ah, Parauapebas… mais uma das suas!
A explicação que posso dar é a seguinte: INCOMPETÊNCIA!
Todos estes fatores elucidados pelo Edvando Cabral contribuem para a falta de agua em Parauapebas e afetam diretamente a saude publica e a qualidade de vida do municipio.
Porem a causa principal da falta de agua na rede publica do municipio é erro de projeto na rede de distribuição , proporcionada pela perda instantanêa na ponta de consumo ou seja nas torneiras.
Nas regiões mais baixas da cidade a agua chega com grande vazão e pressão provocando um consumo bem maior do que os indices recomendam, por exemplo uma hegienização vespertiva um individuo gasta 10 a 20 litros de agua , mas devido a perda estantanêa na torneira por falta deposito hidrostático ( Caixa de agua ) nas maiorias das residencias o consumo atinge 40 a 50 litros cada vez que a torneira é aberta.Onde a agua chega.
A rede de distribuição de agua é carente de reservatorio para manter a pressão instantanêa equilibrada, este erro de projeto provoca perdas e descompensações no sistema de abastecimento geral da cidade. Um sistema equilibrado é composto de uma rede de distribuição com tubos e reservatorios colocados estratégicamente em regiões e areas do municipio para provocar um equilibrio hidrostático controlando a presão e vazão da rede, abastecer os bairros de forma constante, com ligação nas caixas de agua das residencias e imoveis comerciais, evitando assim a perda de agua devido a presão instantanea .
As torneiras estão praticamente ligadas a rede publica sem utilização de caixa de agua na maioria dos pontos de consumo. A necessidade do consumidor comun é que a agua chegue com baixa presão e vazão compativel com suas necessidaes.
Vamos construir reservatórios e utilizar mais caixas de agua para mitigar a perda melhorando a qualidade de vida e a saude de Parauapebas