Batalha pelo dinheiro já dura 24 anos. Valores deverão ser divididos entre os 45 mil associados
Vinte mil garimpeiros estão se mobilizando em Curionópolis, no sudeste do Pará, para neste sábado, durante assembleia geral da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), votar a proposta da Agasp Brasil, a entidade nacional da categoria, que obriga a Caixa Econômica Federal (CEF) a devolver a cada garimpeiro individualmente os valores referentes as sobras do ouro e do paládio extraídos de Serra Pelada quando o garimpo ainda era explorado manualmente.
O que a Caixa deve a eles ultrapassa R$ 400 milhões, embora o órgão negue o montante do débito.
A batalha para receber o dinheiro e dividi-lo entre 45 mil associados da Coomigasp já dura 24 anos. Ela começou em 1986, com uma ação ordinária de cobrança contra a Caixa e o Banco Central, na 7ª Vara Federal de Brasília.
O Banco Central provou em juízo que os recursos referentes a pouco mais de 900 quilos de ouro extraídos do garimpo haviam sidos pagos à Caixa, que por sua vez não repassou o dinheiro aos garimpeiros. O fato é que a Caixa foi condenada a pagar o que deve à Coomigasp.
Quando se esperava que a decisão judicial fosse cumprida, a Caixa, por intermédio de ex-diretores, passou a retardar o pagamento, alegando que advogados da Coomigasp à época queriam que poucos garimpeiros fizessem jus ao que a maioria tinha direito.
Segundo o presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte, autor da proposta a ser votada no sábado pelos garimpeiros, a Coomigasp ganhou na Justiça a parada, porém não levou. Agora, está na hora da entidade fincar pé para fazer cumprir a decisão que lhe foi favorável.
PENSÃO
No final de 2009, o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas, recebeu da Caixa uma informação que o deixou perplexo: o órgão dizia que não tinha mais nenhuma dívida com os garimpeiros e pagara tudo. Para Duarte, isso não passa de “mentira”.
E acrescenta: “ninguém até agora recebeu um só centavo dos mais de 900 quilos de ouro recolhido no Banco Central. A ideia anterior era de que esses recursos seriam utilizados pelo próprio governo para a criação de um fundo para pagamento da pensão vitalícia conforme estabelece o projeto de lei 5227, que prevê aposentadoria dos garimpeiros”.
O dirigente da Agasp Brasil adianta que a proposta que será votada no sábado visa buscar com rapidez o dinheiro das sobras do ouro e do paládio e que ele seja pago pela própria Caixa individualmente a cada garimpeiro. Depois da assembleia, os garimpeiros se deslocarão para Serra Pelada, a 35 quilômetros de Curionópolis, com o objetivo de conhecer o canteiro de obras da mina que será explorada de forma mecanizada pela mineradora canadense Collossus.
Fonte: Diário do Pará
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5 comentários em “Curionópolis: garimpeiros de Serra Pelada pressionarão Caixa para receber R$400 milhões. Dinheiro será dividido entre os 45 mil associados”
É MELHOR A C.E.F, NAÕ PAGAR ESSE DINHEIRO AOS GARIMPERIOS, PORQUE DE QUALQUER FORMA OS GARIMPEIROS NAO IRAO RECEBER, ESSA COOPERATIVA SO ENTRAM CORRUPTOS, A COLLOSSOS JA REPASSOU MAIS DE 50 MILHOES DE REAIS, COITADO DOS GARIMPEIROS NEM VIRAM A FUMAÇA DESSE DINHEIRO.
Socorro!… Socorro!… Socorro! Coitado dos garimpeiros, pois o governo federal não toma nenhuma providenciam em beneficio dos garimpeiros. Estão garimpando os próprios garimpeiros em benefício de um determinado grupo.
Presidenta Dilma nos proteja pelo amor de Deus! Olhai por nós.
eu acho que tem que entregar os garimpeiros urgente o valor que eles tem a receber eles precisam, ainda velhinhos mas tem sonhos e esperaram tanto tempo eles precisam de justiça tem nesecidade deste dinheiro!
os garimpeiros precisam desteb dinheiron já estão velhos e sonhaão muito com este dinheiro é certo que repasse mais breve eles merece viver alguns dias felizes!
Caso fossem receber esta montanha(ou serra), de dinheiro. Haveria uma pequena injeção de dinheiro na economia regional. Mas, como são apenas o sonho de velhinhos, da era do ouro. “Dreams only dreamS.” Sugiro que lutem através de seus ilustres parlamentares(com deboche claro). Por aposentadorias dignas, tal qual a dos soldados da borracha. E, para dar um ar poético e nostalgico. Por que, não lembrar-mos do grande compositor cubano e parceiro de Fagner e Mercedes Sosa, que já entendia nos anos 70 que o tempo passa.
( Pablo Milanes )
El tiempo pasa, O tempo passa
nos vamos poniendo viejos estamos colocando velho
y el amor no lo reflejo, como ayer. e não reflete o amor que, como ontem.
En cada conversación, Em cada conversa,
cada beso, cada abrazo, cada beijo, cada abraço,
se impone siempre un pedazo de razón. é sempre imposta uma parte da razão.
Pasan los años, Passar dos anos,
y cómo cambia lo que yo siento; e como muda o que sinto;
lo que ayer era amor O que ontem era amor
se va volviendo otro sentimiento. torna-se ainda outro sentimento.
Porque años atrás Porque anos atrás
tomar tu mano, robarte un beso, Pegue sua mão e roubar um beijo
sin forzar un momento sem forçar um momento
formaban parte de una verdad. faziam parte de uma verdade.
El tiempo pasa, O tempo passa
nos vamos poniendo viejos estamos colocando velho
y el amor no lo reflejo, como ayer. e não reflete o amor que, como ontem.
En cada conversación, Em cada conversa,
cada beso, cada abrazo, cada beijo, cada abraço,
se impone siempre un pedazo de temor. impõe sempre um pouco de medo.
Vamos viviendo, Nós vivemos,
viendo las horas, que van muriendo, horas de visualização, que estão morrendo,
las viejas discusiones se van perdiendo os velhos argumentos estão sendo perdidos
entre las razones. Entre as razões.
A todo dices que sí, Para todos dizem sim,
a nada digo que no, para qualquer coisa que eu digo não,
para poder construir la tremenda armonía, Para construir a harmonia tremenda
que pone viejos, los corazones. que faz com que corações de idade.
El tiempo pasa, O tempo passa
nos vamos poniendo viejos estamos colocando velho
y el amor no lo reflejo, como ayer. e não reflete o amor que, como ontem.
En cada conversación, Em cada conversa,
cada beso, cada abrazo, cada beijo, cada abraço,
se impone siempre un pedazo de razón. é sempre imposta uma parte da razão.
(1975) (1975)