Apesar da boa estrutura, feirinha do Shopping do bairro Cidade Nova não apresenta viabilidade para feirantes

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A chamada Feirinha do Shopping do bairro Cidade Nova, localizada entre as ruas A e B, implantada há 24 anos, parece ter caído no esquecimento, não apenas dos clientes, que não mais visitam o local, mas também do poder público, que literalmente não tem gerenciado o espaço. De acordo com as informações colhidas pelo Blog, até existe uma sala reservada para a administração do local, porém, há muito tempo ninguém a ocupa.

“Estamos esquecidos aqui. A maioria do pessoal desistiu porque não consegue vender. Se fosse para depender só daqui eu passava fome. Hoje, por exemplo, só consegui dez reais com a venda de um pouco de farinha. O que me salva é o meu aposento”, disse Edite Vieira, de 66 anos, que atua na Feirinha há 18 anos vendendo secos e molhados, frutas, legumes e verduras.

A também aposentada Cesária dos Santos, de 65 anos, trabalha há 15 anos na Feirinha e diz que nos últimos anos a situação tem piorado. “Antes eu até conseguia vender um pouco mais e conseguia uma rendinha, mas, do ano passado para cá, parece que os clientes sumiram”.

Antes a Feirinha era toda de madeira. No final do seu segundo mandato Darci Lermen reconstruiu o local e, no início da gestão Valmir Mariano o prédio foi entregue aos feirantes, que na época atuavam no local. Porém, nunca foi inaugurado.

Atualmente a Feirinha conta com uma estrutura de qualidade e bem organizada, no entanto, isso não tem sido o suficiente para atrair os clientes, já que o prédio ficou totalmente escondido após a construção de várias obras residenciais e comerciais em sua volta. São 25 boxes e apenas oito estão realmente ocupados.

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Além de ter ficado escondida, falta uma fachada e até mesmo um nome para melhor identificar a Feirinha. De acordo com os feirantes que ainda permaneceram no prédio, desde o ano passado todas as lâmpadas estão queimadas e não tem mais profissionais para cuidar da limpeza. “Ainda bem que deixaram pelo menos os vigias por aqui, para nos ajudar, mas a limpeza somos nós mesmos que estamos fazendo”, disse uma das feirantes.

Sobre a situação da Feira, o titular da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semurb), Edmar Lima, informou que ainda não foi possível se reunir com os feirantes que atuam no local, porém, já tem uma agenda marcada para a segunda quinzena de março, em que tratará das melhorias para o local. “A intenção é revitalizar e redistribuir as unidades de comercialização da Feirinha, assim como no CAP e Mercado Municipal”, acrescentou o secretário.