Coronel Pedro Celso deixa o comando do 23º BMP em Parauapebas

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Engenho Civil por formação, o Tenente-Coronel PM Pedro Paulo Celso iniciou sua carreira na Polícia Militar do Pará em 1994, na Academia de Policia. Em 1996 já estava em Conceição do Araguaia, na extinta 1ª’ Esforp fazendo várias incursões pela região, inclusive na situação envolvendo a morte dos militantes do MST Fusquinha e Doutor na Fazenda Goiás II. O militar teve uma breve passagem pela Serra Leste e em seguida retornou à Belém, onde  contribuiu com a construção de cerca de 3.500 casas para Policiais Militares, em um processo que envolveu a Cohab e PM-PA. Depois Coronel Pedro esteve em Abaetetuba, Novo Progresso, Breves, Casa Militar, 1° BPM – 1° Zpol na capital. Foi ainda Secretário Executivo e Assistente do Comandante Geral, diretor do DGO (Departamento Geral de Operações) e Comandante em Parauapebas a partir de 03 de março de 2016.

De saída do município, Coronel Pedro concedeu entrevista exclusiva ao Blog. Acompanhe o que relatou o militar:

Zé Dudu – Qual o maior problema encontrado pelo senhor para comandar o 23º QPM?

Coronel Pedro – As dificuldades são as mesmas, as demandas crescentes em função da crise política que reflete nos indicativos sociais, necessidade de acréscimo de efetivo, no minimo reposição dos militares que estão solicitando reserva, meios logísticos necessitando de incremento principalmente no quesito comunicação.

Zé Dudu – Como foi o apoio da prefeitura de Parauapebas durante esse período?

Coronel Pedro – A Prefeitura Municipal foi uma grande parceira. Conseguimos formatar e assinar o convênio de cooperação mútua, inclusive publicado em Diário Oficial, onde está sendo cumprido o pactuado.

Zé Dudu – Como o senhor avaliaria sua passagem por Parauapebas?

Coronel Pedro – A passagem por Parauapebas foi muito valorosa por vários fatores, não só pelo combate incansável a criminalidade nas modalidades de policiamento preventivo e repressivo, mas por avanços significativos na melhoria das instalações físicas do quartel, a prática constante da humanização da tropa, treinamentos de técnicas e táticas policiais constantes em que a tropa estava distante, a formatação do Georreferenciamento criminal, a iniciação das atividades do policiamento comunitário com o Proerd, ronda escolar, recebendo a APAE e o Instituto Amigos que Brilham, com estes fatores procuramos incentivar e motivar nossos colaboradores.

Zé Dudu – Qual o seu destino e quem o substituirá em Parauapebas?

Coronel Pedro – Estou indo para Ananindeua, para o 6° BPM, na região metropolitana de Belém. O Ten-Cel Valinoto me substituirá em Parauapebas.

Zé Dudu – Durante sua gestão houve casos de má-conduta de militares, inclusive militares presos acusados de assassinato. Como o senhor lida com esse tipo de ação na PM?

Coronel Pedro – São ações específicas e individualizadas que estão sendo apuradas nas esferas militar e comum. Foi concedido o direito da ampla defesa e do contraditório. Por fim, que sirva como exemplo aos demais de como não conduzir suas vidas profissionais. Por mais que adiante fique comprovada as suas respectivas inocências nos fatos, o constrangimento permanece, pois com certeza o direito de resposta não será a altura das acusações imputadas. Por outro prisma, se forem culpados terão com absoluta certeza duas penas para o mesmo pecado: a pena a ser cumprida e a exclusão da instituição, por se tornarem incompatíveis com a função.