Dupla de Marabá e Parauapebas é convocada para seleção de vôlei e ganha propostas de bolsas de estudos

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A Seleção Paraense de Vôlei sub-17 intensificou os treinamentos para o Campeonato Brasileiro que será disputado em Manaus (AM), de 11 a 18 de agosto. Os meninos do Pará são comandados pelo técnico Helinho Silva, que terá dois reforços, um de Parauapebas e outro de Marabá.

O ponta Maxillan Lima e o levantador Thiago Santos são de Parauapebas e Marabá, respectivamente, e viajaram para a Capital para compor a equipe paraense na disputa. Garimpados nos Jogos Estudantis Paraenses (JEPS), os garotos recebem assistência da Federação Paraense de Vôlei, além do Núcleo de Esporte e Lazer (NEL), onde estão alojados.

Os atletas estão na expectativa de trilhar no caminho do vôlei e não escondem a ansiedade de disputar o Campeonato Brasileiro pelo Pará. Maxillan Lima, 16 anos, quer mostrar que Parauapebas tem bons valores, além de conseguir ajudar os pais. “Sempre tive um sonho de ser jogador de vôlei e nunca desisti. Pratico o esporte há seis anos e pretendo mostrar o meu valor, fazer com que a minha cidade seja reconhecida como um local de bons atletas. Quero ajudar meus pais, sou de uma família humilde e quero honrá-los e não importa a saudade e distância, quero seguir carreira no vôlei”, disse Maxillian, que jogava no Hiper-Vôlei, na cidade de Parauapebas.

Já Thiago Santos, 17 anos, crê que o vôlei é a chance de um futuro melhor. Para o jovem levantador, representar o Estado em uma competição nacional é a realização de um sonho. “Não faço outra coisa a não ser pensar em jogar vôlei. Minha vida é

em função do esporte e isso que eu quero seguir, ser jogador profissional, quem sabe jogar em um clube grande e tentar chegar à Seleção Brasileira, mas só de fazer parte da Seleção Paraense, eu, vindo de Marabá, já é uma honra, um sonho sendo realizado’, disse o atleta que planeja voltar para Belém em 2014 para a disputa do Campeonato Paraense.

Para Thiago, a principal dificuldade do vôlei no interior é a falta de oportunidades e que as chances deveriam ser constantes. “Eu jogava no AAPEC de Marabá, aliás, foram meus amigos que fizeram coletas para comprar minha passagem para Belém e isso é gratificante, mostrar que eles confiam em mim e pretendo não decepcioná-los. A falta de oportunidades, de jogos e campeonatos são dificuldade que impossibilitam que outros atletas possam integrar a Seleção, afirmou o marabaense.

O presidente da Federação Paraense de Vôlei, Rui Castro, garante que as cidades no interior do Estado são grandes garimpos de atletas, mas faltam apoio e pessoas que queiram investir no esporte. “Eu sempre que posso vou acompanhar jogos em municípios distantes e temos uma safra muito boa de jogadores faltando apenas lapidá-los. Faltam políticas públicas para o desenvolvimento de um esporte no geral, o vôlei é apenas mais um. Não adianta a Federação Paraense fazer a sua parte se as prefeituras e os empresários não investirem. É uma via de mão dupla, é bom para os atletas e para o município”, disse o presidente que já pensa em ligas do interior para melhorar esse intercambio.

“A Federação Paraense estuda em uma competição no mês de outubro para que outros valores sejam revelados. Vamos ter equipes de Belém, Ananindeua, Santa Izabel, além de

Parauapebas e Marabá. Outros municípios estão sendo contatados para também participar, pois isso é bom para o esporte paraense”, falou.

Fonte: ORM