Eleição para a vice-presidência da Câmara dos Deputados azeda relação entre Priante e Barbalhos

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Interessante acontecimento o hoje durante a eleição para a vice-presidência da Câmara dos Deputados. Concorreram ao cargo o paraense Priante e Lúcio Viera Lima, da Bahia, ambos do PMDB. No final, 28 votos pra cada um. O partido adotou o critério da idade para o desempate, elegendo o baiano.

Priante não esconde de ninguém e acusa a família Barbalho por sua derrota, já que pediu apoio do ministro Helder e da deputada Elcione para sua eleição. Só que, nos últimos três dias, ele não conseguiu contato nenhum com o ministro e sua mãe, mesmo após várias tentativas.

Esse fato pode mudar a história da política paraense, já que Priante, com quatro mandatos de deputado federal pelo PMDB, está cheio de mágoas com a família Barbalho, a quem acusa de não tê-lo apoiado. A mágoa é tão grande que Priante já fala em deixar o PMDB e ir se agasalhar em ninho tucano, ou próximo a este.

A saída de Priante do PMDB, em momento em que Helder Barbalho navega em águas tranquilas rumo ao governo do Pará pode provocar sérias turbulências na nau de Helder, quiçá afundá-la.

Muita água ainda há de passar debaixo dessa ponte, claro, e em política as coisas mudam de rumo rapidamente e o PMDB paraense sempre soube lidar com esse tipo de situação.

Resta saber se essa também será contornada saboreando um delicioso pato no tucupi em uma das fazendas do senador, ou se Priante falou sério ao dizer que vai deixar o partido.

A política, já dizia o filósofo engraxate do aeroporto de Brasília, é uma caixinha de surpresas. Quem poderia imaginar que políticos paraenses iriam desprezar um político do naipe de Priante favorecendo assim um baiano. Quem sabe em vez de pato no tucupi, a família Barbalho esteja de olho mesmo é em um bom e saboroso tacacá baiano? Quem viver, verá!