Em Marabá, ação contra a exploração do trabalho infantil tira 10 menores de lava-jatos onde trabalhavam sem garantias

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

Com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o Conselho Tutelar da Nova Marabá desencadeou na manhã desta quarta-feira (14), nas BRs 222 e 230 (Transamazônica), que cortam a cidade, ação contra a exploração do trabalho de menores. Dez adolescentes com idades entre 14 e 17 anos foram encontrados trabalhando em igual número de lava-jatos, cujos donos foram notificados a comparecer ao órgão, para que expliquem o motivo de estarem utilizando o trabalho de menores.

“Eles não ganhavam salário, apenas comissão de R$ 5,00 por veículo lavado, sem a mínima estrutura de trabalho nem garantias legais”, conta ao blog o conselheiro Jáder Santos, um dos coordenadores da ação, acrescentando que os menores, que naquele momento foram mandados para casa, terão a assistência do Conselho.

Lembrado de que muitos menores vêm de lares carentes e trabalham para complementar a renda a familiar, Santos reconheceu esse fato, mas disse que outros se submetem a esse tipo de trabalho para sair de casa e ficar longe das vistas dos pais ou responsáveis.

Por isso, a casa de cada um dos 10 adolescentes, segundo Jáder, será visitada tanto pelo Conselho quanto pelos órgãos de Assistência Social do Município, para que se possa identificar o perfil familiar e, em caso de carência, encaminhar essa família para programas de apoio.

lava-jato Marabá2

A ação contra a exploração do Trabalho Infantil, campanha de nível nacional, iniciou ontem, terça-feira (13), com palestra do procurador Hélio Leite, da Justiça do Trabalho, durante o Workshop Enfrentamento ao Trabalho Infantil, promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, com os órgãos do Sistema de Garantias de Direitos. Na ocasião aconteceu também o Painel Trabalho Infantil e Saúde.

4 comentários em “Em Marabá, ação contra a exploração do trabalho infantil tira 10 menores de lava-jatos onde trabalhavam sem garantias

  1. Cleiton Responder

    Eu concordo com todos os comentários de vocês . Particularmente acredito que já está passando da hora do governante municipal e de seus aliados lá na câmara de vereadores criarem mecanismos eficientes para inserir esses jovens no mercado de trabalho.
    A minha sujestão seria por meio do programa jovem aprendiz . Ou seja por que não disponibilizar algum percentual de vagas no próximo concurso da prefeitura municipal de Marabá para esses jovens no programa jovem aprendiz ?

  2. Edvaldo Responder

    Aiii eu te pergunto… Esses meninos com 17 podem matar e roubar ao invés de trabalhar. Pq não vejo nenhuma ajuda financeira para essas ” crianças de 17 anos ” então pessoal tem q deixa trabalha… eu trabalhei e hj não vivo sem meu trabalho. Se tivesse essa perseguição talvez na minha época eu seria um ladrão ou talvez estaria morto. DEIXA O POVO TRABALHAR

    SÓ NÃO ACEITO QUE LARGUE DE ESTUDAR.

    MAIS ESTUDAR E TRABALHA E TUDO CERTO.

  3. Junior Responder

    Interessante essa hipocrisia do estatuto do menor, se estivessem roubando ou se drogando tudo bem, mas trabalhar não pode? Total inversão de valores, trabalhar dignifica e forma caráter. Trabalhei desde cedo, e isso me tornou responsável, nem por isso deixei de estudar, abram o olho autoridades vcs estão destruindo nossa juventude.

  4. Suely Responder

    Fico indignada pq não arrumam emprego para esses menores???
    Pq não tem nem para os adultos como vai ter para os menores,fico triste pq esses mesmos menores poderiam tá na vida do tráfico drogas roubos,mas não estão trabalhando pra ajudar a família…
    A lei ninguém entende. Indignada como essas leis.

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