Em Marabá, ponte sobre o Rio Itacaiunas afunda em cima, racha embaixo e mobiliza o DNIT

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Ulisses Pompeu – de Marabá

A segunda e nova ponte sobre o Rio Itacaiunas – na BR-230 – área urbana de Marabá, deverá passar por avaliação técnica nos próximos dias. A obra apresenta uma leve depressão num trecho de 15 metros na pista de rolamento, que é perceptível para os mais observadores. Na parte de baixo – no mesmo local – há uma rachadura de um lado ao outro da ponte.

A depressão foi percebida há cerca de dez dias pelo fotógrafo Jordão Nunes, que informou o fato à reportagem do blog. O afundamento vai de um lado ao outro da pista a cerca de 150 metros da margem esquerda do rio, próximo ao núcleo Cidade Nova.

Nesta quinta-feira, dia 27, a bordo de uma embarcação, a reportagem foi para baixo da ponte e identificou que exatamente no mesmo ponto da depressão há uma rachadura. Ela fica exatamente no meio do rio, entre duas grandes pilastras, que estão distantes cerca de 200 metros entre si.

Com as fotos em mãos, a reportagem procurou a sede do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), responsável pela rodovia e até pela manutenção das pontes. O único engenheiro presente, Cleo Marcelo Monteiro de Paiva, se dispôs a ir com a reportagem ao local da depressão, a qual ficou perceptível. Todavia, preferiu não tecer comentários sobre o problema e pediu as fotos da parte de baixo para enviar para o DNIT, em Brasília, onde há engenheiros especializados em pontes.

Fissura 4 com seta

A reportagem enviou as mesmas fotos para o engenheiro e ex-secretário municipal de Obras de Marabá, Antônio de Pádua, que coordenou as obras da CMT, empresa responsável pela duplicação do trecho de 5,9 km entre o KM 6 até a ponte do Itacaiunas, há seis anos. Uma das fotos mostra uma fissura horizontal em uma das pilastras, mas em relação a esta, Pádua disse ser fácil de recuperar, “pois me parece que se trata apenas de uma emenda de concretagem”. Todavia, quando viu as fotos da rachadura embaixo da ponte, ele mostrou-se preocupado: “Agora essa outra fissura embaixo, na caixa de balanços sucessivos, tem de mandar averiguar melhor, porque é preocupante”, advertiu. Ele também sugeriu uma visita técnica e uma investigação mais detalhada, o que precisa ser feito por um especialista em pontes, que não há em Marabá.

É preciso informar que no local há duas pontes paralelas. A primeira foi construída no início da década de 1980 e está intacta, tanto na parte de cima quanto embaixo. O problema está na segunda ponte, inaugurada há seis anos, na gestão do prefeito Maurino Magalhães. A Prefeitura de Marabá recebeu mais de R$ 120 milhões do DNIT para realizar a obra inteira, incluindo a nova ponte. Fora a fundação, as outras partes todas são de material pré-moldado.

Fissura 1

Segundo o engenheiro Antônio de Pádua explicou à reportagem esta semana, o engenheiro projetista da ponte chama-se Carlos Fogante, um renomado profissional nesta área e que reside em Curitiba-PR.

O departamento de engenharia do DNIT deverá se posicionar nos próximos dias sobre a depressão na pista da nova ponte e a rachadura na parte inferior.

Instado a se manifestar sobre o assunto, o secretário municipal de Obras, Fábio Moreira, também recebeu as imagens, mas ainda não teceu comentário.

5 comentários em “Em Marabá, ponte sobre o Rio Itacaiunas afunda em cima, racha embaixo e mobiliza o DNIT

  1. Salatiel De Sousa Responder

    Será que não foi por conta do aquecimento causado pela carrega incendiada no assalto há Prosegur?

  2. ANTONIO CARLOS Responder

    Se a primeira ponte construída em 1980 até hoje ñ deu problema algum pq a outra q só tem 6 anos já está danificada,será q foi obra mal feita ou o material usado foi de péssima qualidade???
    Eis a questão!!!!!….

  3. Alan Responder

    Acredito eu que possa ter haver com o incêndio da carreta na ocasião do assalto da prossegur, que deve ter fadigado o material da estrutura, claro que sendo assim, as duas teriam que apresentar problemas, mas a ponte antiga é uma engenharia e materiais de mais de 30 anos atrás e a nova, certamente feita com novas tecnologias, porém, não tão seguras e eficientes como as de antigamente, o que não seria um caso isolado desse projeto, diante dos muitos problemas apresentados em novas obras de arte desse tipo ao longo do nosso querido país!

  4. Francisco Cavalcante Responder

    Caro zedudu, vale lembrar que a ponte velha no sentido cidade nova nova Marabá tem uma dilatação que há tempos colocam asfalto e ela abre novamente gerando fonte impacto na suspensão seja carro ou moto.

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