De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) mais de 33% do orçamento destinado à compra de alimentos para a merenda escolar são gastos com produtos oriundos da agricultura familiar, atendendo assim a Lei Federal nº 11.947 que determina o percentual de 30% para essa destinação.

Segundo a secretária municipal de educação, Juliana de Souza, a meta é ampliar esse número a cada ano para contemplar cada vez mais produtores e contribuir ainda mais com a qualidade da alimentação das crianças. “Os produtos daqui da região chegam mais fresquinhos, o que é mais saudável e saboroso para nossas crianças”, reforça a secretária.

A merenda escolar tem grande potencial de absorção da produção oriunda da agricultura familiar, e são muitas as vantagens quando a escola usa na merenda alimentos produzidos localmente ao invés de comprar itens industrializados ou produzidos em localidades distantes.

Dentre essas vantagens podem-se destacar: os agricultores incrementam sua renda; os alunos recebem uma alimentação mais gostosa e saudável; os professores podem trabalhar em sala de aula a proteção ambiental; os recursos gerados no processo de compra ficam no município; e há, cumulativamente, estímulo à permanência dos agricultores no campo, valorização da produção regional e resgate da cultura do meio rural.

Segundo o presidente da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais da Região do Carajás, Mauro Melo da Silva, o fornecimento de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar para a merenda escolar tem crescido consideravelmente em Parauapebas.

“Fornecemos uma vasta gama de hortifrúti e polpas para a educação. E a quantidade de produtos tem crescido a cada ano. Em 2013, o crescimento foi de 45%. Atualmente, cerca de 100 agricultores de Parauapebas e região produzem alimentos voltados ao atendimento da merenda escolar”, afirma Mauro.

Já o titular da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror), Horácio Martins, informa que todos os produtores da cidade são atendidos pela pasta o que os impulsiona a produzirem com qualidade, atendendo assim os rigorosos critérios para compra de produtos estabelecidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

“Todos os produtores que vendem para merenda escolar recebem apoio da Sempror com gradeamento da terra, destocamento, doação de adubo químico, doação de sementes e assistência técnica”, destacou Horácio Martins.

Texto: Messania Cardoso – Fotos: Anderson Souza