Fetraf realiza manifestação na BR-155, saída para Pau D’Arco

Durante toda manhã desta segunda-feira, uma fila quilométrica de veículos se formou nos dois lados da pista

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A manifestação de trabalhadores rurais ligados à Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Pará), já passa de 11 horas. O movimento está concentrado desde as 4 horas da madrugada desta segunda-feira (16) na Rodovia BR-155, em frente ao posto fiscal da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na saída para a cidade de Pau D’ Arco.

Um dos coordenadores da Fetraf no sul do Pará, João Batista Alves, disse à reportagem do blog que o motivo da manifestação “é a ausência do Incra” nos processos das áreas cogitadas para desapropriação. Uma das principais pautas do movimento é o assentamento Fazenda Estrela de Maceió.

“Em verdade, estamos aqui há 13 anos, temos produzido tudo o que precisamos e hoje o Incra vem rejeitar por um ‘passivo ambiental’. Nós estamos lá há muito tempo”, disse o presidente do assentamento Vasiton João Filho.

Ele afirmou, ainda, que o fazendeiro dono da terra pediu a revigoração de uma liminar que já existiu. Em contrapartida, os assentados correm risco de deixar o local.

Na manhã de hoje uma fila gigantesca de carros se formou nos dois lados da pista da rodovia. A manifestação não agradou os motoristas “Daí você viaja mais de 10 horas e, quando chegamos aqui, encontramos um bando de desocupados, bloqueando a pista. Pelo amor de Deus, eu tenho horas para entregar minhas mercadorias”, disse o motorista Agnaldo Arantes.

Durante toda manhã equipes da Polícia Militar estiveram no local. Segundo o comandante do 7° Batalhão da Polícia Militar, major Chaves, a presença da polícia é para manter a segurança no local.

“A Fetraf fechou a rodovia por motivo de uma negociação do Incra em Marabá e Brasília. O motivo da presença da polícia na rodovia é para intervir no caso de uma possível, briga, assalto, roubos e outras situações que cabem à Polícia Militar prevenir”. explicou o oficial.

Ainda pela manhã, ficou acordado que a cada 30 minutos o movimento liberava a pista para não paralisar 100% a rodovia.

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