Inadimplência encerra 2014 com alta de 2,3%

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A inadimplência do consumidor cresceu 2,3% em 2014, em todo o país, na comparação com 2013, de acordo com dados da Boa Vista Serviços S/A. Em 2013, o indicador de inadimplência apresentou queda de 0,3%.

Na comparação mensal (dezembro/14 contra novembro/14), com ajuste sazonal, houve queda de 0,7%. E na comparação interanual (dez/14 contra dez/13), o indicador apresentou elevação de 4,2%.  O valor médio das dívidas do consumidor brasileiro registradas em dezembro de 2014 foi de R$1.263,30, após ajustes estatísticos.


Este resultado de alta de 2,3% na inadimplência do consumidor em 2014 ficou dentro do esperado pela Boa Vista Serviços S/A, que desde o início do período já projetava um crescimento pequeno. As bases da projeção de fato se confirmaram durante o ano.

Se, por um lado, as taxas de juros em alta, a inflação persistentemente próxima do teto da meta e a desaceleração do crescimento da renda do trabalhador (com reajustes salariais menores do que em anos anteriores) poderiam pressionar para uma alta mais relevante, por outro lado os critérios mais rigorosos nas concessões, a manutenção do desemprego em baixa e o consumidor mais maduro e consciente dos seus limites no que tange ao uso do crédito, impediram um crescimento maior da inadimplência.

Caso este cenário não se modifique, a expectativa da Boa Vista Serviços S/A é de que, ao final de 2015, a inadimplência do consumidor esteja ligeiramente acima do patamar de crescimento registrado em 2014, crescendo em torno de 3,0% no ano. Para a taxa de inadimplência aferida pelo Banco Central através da modalidade de recursos livres destinados às famílias, a expectativa da Boa Vista Serviços S/A para 2015 é de 7,2% de inadimplência do total de recursos do sistema.

Regiões
Na análise regional, o resultado acumulado no ano apresentou a seguinte configuração: Sudeste (0,6%), Norte (0,8%), Nordeste (2,4%), Centro-Oeste (6,0%) e Sul (8,3%).

Varejo
Quando considerado apenas o setor de varejo, a inadimplência subiu 1,4% em dezembro/14, quando comparado ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Mantida a base de comparação, houve alta em todas as regiões, com exceção da Sudeste que permaneceu estável. A região Sul apresentou a elevação mais significativa (8,5%), seguida do Norte (6,0%); Centro-Oeste (2,0%), enquanto o Nordeste variou (0,3%).

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