Parauapebas, acesso à internet e gravidez na adolescência estão insustentáveis, aponta Barômetro da Sustentabilidade

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Nessa semana, representantes da Prefeitura de Parauapebas, de entidades da sociedade civil organizada e da Fundação Amazônica de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA), reuniram-se para a apresentação do Barômetro da Sustentabilidade, ferramenta de apoio ao planejamento da gestão municipal que reúne e avalia diversos índices.

A Prefeitura contratou a FAPESPA para a disponibilização dessa ferramenta ao município. A instituição já fez o levantamento de dados de Parauapebas, sistematizou e apresentou a sua metodologia de trabalho durante o evento. O Barômetro da Sustentabilidade avalia indicadores organizados em duas dimensões: Bem-Estar Humano, que engloba informações sobre Saúde, Riqueza, Conhecimento e Cultura, Comunidade e Equidade; Bem Estar Ambiental, que reúne indicadores relacionados à Terra, Água, Ar e utilização de Recursos Naturais.

Em Parauapebas, o indicador utilizou 27 indicadores, dos quais 20 são relacionados ao bem-estar humano e sete são voltados para o bem-estar ambiental. A cidade foi classificada em um nível intermediário de sustentabilidade, significa que, enquanto alguns setores relacionados à indústria e ao meio ambiental estão em escala positiva, alguns indicadores sociais ainda são insuficientes, o que impacta diretamente na qualidade de vida da população.

Entre os índices negativos, classificados como insustentáveis na cidade, estão: Acesso à Internet; Gravidez na Adolescência; Criminalidade; Trabalho Infantil, entre outros. Já Mortalidade Infantil, Educação, Coleta de Lixo, Extrema Pobreza, por exemplo, foram considerados setores com indicadores sustentáveis e por isso positivos, conforme o Barômetro da Sustentabilidade.

Após a apresentação da ferramenta, os participantes do evento obtiveram informações detalhadas durante uma oficina. “A Fapespa veio apresentar a primeira peça de trabalho, que se inicia agora. Parauapebas precisa avançar em um processo de autoconhecimento e tomada de decisões corretas, com base nessas análises, e só é possível fazer isso se tem informação. Este seminário é um marco”, destacou o Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, João Corrêia.

“Barômetro serve para medir a pressão. Os gráficos são bem didáticos e apresentam de forma clara a situação do município na questão ambiental e social. As informações resultantes da pesquisa são específicas, o que possibilitará resolver os problemas em curto prazo”, informou Iloé Azevedo, diretor de Estudos Ambientais da Fapespa.

Para Carlos Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parauapebas (Sinseppar), uma das entidades sociais organizadas convidadas para participar das discussões de políticas públicas, é possível não apenas utilizar o indicador para melhorar o bem-estar social, mas também ajudar a aperfeiçoá-lo. “O indicador nos possibilita enfrentar os problemas sem ‘achismos’, ou seja, de forma mais técnica e esperamos que tenhamos outros indicadores também”, diz o sindicalista.

O que é o Barômetro da Sustentabilidade (BS)

É uma metodologia de avaliação da sustentabilidade, desenvolvida pelo pesquisador Prescott-Allen (2001a), que trabalha no monitoramento das condições humanas e ecológicas relacionadas ao progresso do desenvolvimento sustentável. É considerada flexível, porque não existe um número fixo de indicadores na sua composição, e a escolha dos que serão utilizados é feita pelos analistas, de acordo com a possibilidade de construção de escalas de desempenho, da área de estudo e da disponibilidade de informações. A construção do BS obedece as etapas: 1) Seleção dos indicadores, 2) Construção e utilização das escalas de desempenho, 3) Cálculo e ordenação dos resultados e 4) Construção do gráfico bidimensional.

Fonte: Com informações da Ascom PMP e FAPESPA

 

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