Cerca de 300 moradores do Bairro Cidade Jardim, em Parauapebas, protestaram em frente ao Fórum Juiz Célio Rodrigues, nesta quarta-feira (25), quando acontecia a Audiência de Conciliação da Ação Civil Pública dos moradores do bairro, representados pelo Ministério Público, contra os juros abusivos praticados pela Loteadora Buriti.
O morador Márcio Pompete (foto), que participou do protesto, disse que há 6 meses estão mobilizando vários órgãos para lutar contra esses juros abusivos. ”Fomos em várias instituições, inclusive em Belém, contestar esses juros abusivos cobrados pela Buriti, pois ninguém consegue mais pagar. E se o resultado não nos favorecer vamos fechar rodovias, avenidas, ruas, Prefeitura e Câmara de Vereadores, até o poder público intervir a nosso favor, pois, até hoje, nunca tivemos uma posição do prefeito e nem dos vereadores de Parauapebas sobre nossa situação”, desabafou o morador.
Segundo o presidente executivo da Associação do bairro Cidade Jardim, Udeanes de Souza, conhecido como “Executivo”, a crise afetou o pagamento das prestações e os moradores não conseguem mais arcar com elas. Por isso, o Ministério Público fez as ponderações para a empresa. “A Buriti ficou de avaliar a proposta e a juíza suspendeu a audiência remarcando-a para 16 de novembro. Agora dependemos do posicionamento da empresa para definir nossas próximas ações”, explicou o presidente.
Por meio da Assessoria de Imprensa, a Buriti Empreendimentos divulgou uma nota esclarecendo que sempre esteve disponível para negociar. Porém, não quis divulgar o atual número de inadimplentes do Bairro Cidade Jardim. “O Grupo Buriti reitera que não há irregularidades na forma de aplicação dos índices pactuados para correção das parcelas previstas em seus contratos e que atua de forma transparente, seguindo a legislação brasileira. A empresa continua à disposição dos interessados que queiram consultar e renegociar suas dívidas, além de prestar todos os esclarecimentos”, posicionou a empresa.
Inaugurado em 2008, o Residencial Cidade Jardim, localizado na região oeste de Parauapebas, contempla 11 etapas e cerca de mais de 21.000 terrenos residenciais e comerciais.
