Tucuruí: sob protestos, sessão que abriria CPI contra prefeito é encerrada

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Protestos da população acabaram por encerrar a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Tucuruí hoje (28) pela manhã. As acusações de “vendidos” e a chuva de moedas jogadas no plenário forçaram o presidente da Câmara, Rony Santos (PSC), a encerrar a Sessão, prorrogando por mais uma semana a decisão de abertura ou não de uma CPI que poderá resultar na cassação do prefeito afastado Artur Brito (PV).
Rony Santos comanda uma das pautas mais discutidas nos últimos dias, o pedido formulado pelo vereador Weber Galvão (PMDB), que pede a abertura de comissão processante para a apuração de suposto beneficiamento do atual prefeito Artur Brito, afastado da prefeitura por decisão judicial desde o último dia 13.
O vereador Gualberto Neto (DEM) falava quando foi interrompido. “O que queremos e votar e dar prosseguimento da denúncia que pede o afastamento. O presidente deveria ter colocado em votação hoje e ele é obrigado a receber o requerimento e aprovar ou não. Falta organização e vontade. E fomos impedidos. Agora vamos procurar os meios legais para forçar que essa votação”, alegou Gualberto.

O bloco formado por Gualberto Neto (DEM), Tânia Zamataro (PMDB), Jorge Anderson (PSB) e Marcelo Campos (PMDB) exige a aprovação da constituição de uma comissão de apuração com prazo inicial de 90 dias para a conclusão das denúncias. A partir daí, o prefeito afastado Artur Brito terá prazo determinado para apresentar sua defesa.

Rony Santos foi acusado de não querer cumprir o Regimento Interno. Ele disse que está seguindo as normas, mas não pode passar a carroça em adiante dos bois. “O que esse bloco quer é cassar o prefeito afastado hoje. Não podemos julgar sem que o processo tenha sido encerrado pelos órgãos que investigam o envolvimento do prefeito Artur”, alegou o presidente.

“Quem quer justiça está em sua casa aguardando a resposta do Ministério Público, da polícia Civil, e quem vem pra cá, pra frente da Câmara tentar intimidar está sendo patrocinado por vereadores e grupos políticos que querem poder”, denuncia o presidente interino.

A denúncia do vereador Weber Galvão, irmão do prefeito assassinado Jones William, afirma que Artur Brito é beneficiário direto após o assassinato de Jones por estar ocupando a vaga de prefeito da cidade; e alega ainda o envolvimento da mãe do prefeito afastado.

Os vereadores Weder Galvão (PMDB) e Lucas Brito (PV) não vão participar da votação por serem familiares, Weber, irmão de Jones e Lucas, irmão de Artur. Assumem interinamente os seus lugares o ex-secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura Marcelo Campos (PMDB) e Deley Santos (PV) respectivamente.