Usina Hidrelétrica de Tucuruí completa 33 anos de geração

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Tucuruí. A palavra, que na língua indígena significa “Rio de Gafanhotos”, ganhava mais um significado especial há 33 anos. Em 22 de novembro de 1984 a Eletronorte começava a entregar ao Brasil a mais pura energia brasileira.

Antes da inauguração da Usina Hidrelétrica, que até hoje é uma referência da engenharia nacional, desbravar a floresta com a responsabilidade de preservá-la deixava a missão ainda mais desafiadora. Não imaginavam os exploradores franceses que navegavam pelo Tocantins, em meados de 1612, que ali, naquele rio, seriam gerados 8.535 megawatts de energia para um Brasil com mais de 200 milhões de habitantes.

Pensar assim era tarefa dos homens e mulheres que acreditaram naquela obra e fizeram dela parte da sua história.

Foram 21.600.400 sacos de cimento utilizados na construção da obra. Se empilhados, ultrapassariam o Monte Everest, com seus 8.850 m. Se colocados lado a lado alcançariam uma distância equivalente a 25 vezes entre as das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Em meio aos 8 milhões de metros cúbicos de concreto – que seriam suficientes para construir 14 pontes Rio-Niterói, ou 133 maracanãs – estavam histórias reais. Gente chegando, gente com saudade, gente construindo um futuro, gente escrevendo a história do setor elétrico brasileiro.

Mas não é só em números que Tucuruí tornou-se gigante. O reconhecimento do Brasil, do mundo e das suas equipes a coloca como benchmarking (processo de busca das melhores práticas numa determinada indústria e que conduzem ao desempenho superior.) no mercado de energia.

Geração de excelência

Presente no ciclo de avaliação da Fundação Nacional Qualidade – FNQ desde 2003, a hoje chamada Superintendência de Gestão de Ativos de Produção da Geração vem evoluindo e melhorando constantemente seu Sistema de Gestão, integrando conceitos e diretrizes do Modelo de Excelência da Gestão MEG/FNQ com a Metodologia TPM e o Lean. Inovações que trouxeram uma escalada de reconhecimentos dentro dos ciclos de premiação do PNQ, sendo Destaque nos Critérios Liderança e Pessoas em 2009; Destaque nos Critérios Sociedade e Pessoas em 2010; Vencedora do Prêmio em 2011 e 2014; e Menção Magna cum laude em 2015. Em 2016, representada pela então Superintendência de Geração Hidráulica, a Eletrobras Eletronorte manteve a constância de propósitos e obteve reconhecimento inédito: o prêmio “Summa cum laude”,  conferido às organizações que mantiveram patamar de excelência por três anos consecutivos.

Ainda em janeiro de 2013 chega de Tucuruí a notícia do reconhecimento com o World Class TPM – Manutenção Produtiva Total – pelo processo de geração hidráulica interligada desenvolvido pela Eletrobras Eletronorte na então Superintendência de Geração Hidráulica, formada pelas hidrelétricas Tucuruí, Curuá-Una, ambas no Pará, e Samuel, em Rondônia. A Eletronorte passava a ser a primeira empresa de energia elétrica do mundo a obter essa conquista, sendo a primeira empresa pública no mundo a ser reconhecida com esse Prêmio do Japanese Institute for Plant Maintenance – JIPM.  Em Tucuruí, a caminhada de sucesso teve início em 1997, resultando na obtenção do Prêmio Excelência em TPM – Categoria A, em 2001.

E não para por aí. Também de lá vieram as notícias do reconhecimento como uma das Melhores Empresas para Trabalhar, prêmio conferido pela Revista Você S/A, e do Prêmio Ibero-americano da Qualidade.

Geração de histórias

Mas é na relação com a comunidade que esse compromisso em busca da excelência é reafirmado a cada dia desses 33 anos. Seja por meio dos programas de inserção regional, das ações ambientais ou de programas de promoção da autonomia indígena como o Parakanã, as pessoas que fazem a Hidrelétrica Tucuruí hoje carregam o mesmo DNA Eletronorte de paixão, talento e superação.

Foi assim na abertura das primeiras clareiras, na ocupação das primeiras casas da Vila, nas primeiras visitas às comunidades. Não é raro encontrar gente emocionada para contar sua história com Tucuruí: pode ser sobre as gambiarras para assistir a um jogo de futebol, as críticas da imprensa e as respostas para cada uma das hipóteses de catástrofe anunciada (hoje separadas para o capítulo Mitos & Verdades dessa jornada). Pode ser ainda sobre a floresta, a logística com os filhos – ainda pequenos desbravadores – sobre a música criada ou aquele amor encontrado.

Uma história escrita com integração, competência e respeito ao Brasil e a sua gente. Um capítulo de 33 anos que se atualiza com a leveza e a força das águas do Tocantins.