Vereadores criticaram a remoção de barracas do comércio informal das ruas da cidade

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

Na sessão desta terça-feira (29), da Câmara Municipal de Marabá, um dos assuntos de maior destaque foi a demolição de barracas de comércio informal das ruas da cidade. A remoção vem sendo realizada pela Diretoria de Postura da prefeitura, sempre à noite, e tem gerado muitas queixas e reclamações dirigidas aos vereadores, pelas pessoas que vivem dessa atividade, centenas delas vítimas do desemprego.

A vereadora Priscilla Veloso (PTB) foi a primeira a levantar o assunto, afirmando que a explicação da prefeitura é de que essas barracas estão ocupando espaços irregulares. Ela questionou ainda que o desmonte esteja sendo feito à noite, mas disse entender que a administração, agindo assim, queira evitar maiores atritos. Porém, alertou que, para a maioria desses trabalhadores, aquele pequeno comércio é o único meio de sobrevivência das famílias.      

O vereador Marcelo Alves dos Santos (PT) disse que, antes de remover as instalações desses trabalhadores, a prefeitura deveria chamá-los para uma reunião e, pelo menos, destinar um local para que possam continuar ganhando a vida. Alves afirmou ainda que é preferível ver essas pessoas trabalhando dessa forma a vê-las passando necessidade. “Já imaginou se a prefeitura retirar mesmo todas essas barracas que estão em vários locais da cidade? Muita gente vai ficar sem o sustento”.

Fizeram coro a Marcelo Alves os vereadores Pedro Corrêa Lima (PTB), presidente da Casa, Irismar Melo (PR), Ilker Morais (PHS), Priscilla Veloso (PTB) e a vereadora Cristina Mutran (PMDB), entre outros.

O coordenador de Postura da prefeitura, Túlio Rosemiro Pereira esteve na sessão, sendo, inclusive, convidado a fazer parte da Galeria de Honra, mas, retirou-se antes que os pronunciamentos começassem.

Nota

Em nota emitida na última semana, a Assessoria de Comunicação da prefeitura afirma que Departamento de Postura da Prefeitura de Marabá “está agindo em toda a cidade para coibir o posicionamento ilegal de quiosques fixados em praças públicas de forma irregular, assim como placas colocadas sem autorização do poder público e comércios ilegais funcionando sem alvará e sem pagamento dos devidos tributos que autorizam a operação”. Mais adiante, explica que essas ações são sempre precedidas de notificações.

Cosanpa

Outro assunto levado a plenário foram as constantes falhas no abastecimento de água na cidade, como aconteceu de sexta-feira a domingo últimos, quando cerca de 100 mil domicílios ficaram sem o líquido nas torneiras, por defeito simultâneo nas quatro bombas de sucção da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará).

O vereador Ilker Moraes Ferreira (PHS) fez duras críticas estatal e disse que a companhia de água e esgoto trabalha corretamente no atendimento à população “ou passa em frente”. As palavras dele foram endossadas pelo colega Gilson Dias Cardoso (PCdoB), o qual disse que “a Cosanpa não tem compromisso com Marabá”.