Com patrocínio da Vale, Prêmio da Música Brasileira chega a sua 26ª edição com homenagem a Maria Bethânia. Evento acontece no Theatro Municipal carioca, com apresentação de Dira Paes e Alexandre Nero, no próximo dia 10.

Os vencedores da vigésima sexta edição do Prêmio da Música Brasileira serão conhecidos no dia 10 de junho, na cerimônia que homenageará Maria Bethânia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. São 106 indicados, em categorias que vão da MPB à música clássica, passando por pop, rock, samba, canção popular, eletrônico, regional, língua estrangeira e projeto especial. Dira Paes e Alexandre Nero serão os apresentadores do Prêmio, que conta com o patrocínio da Vale, pelo sexto ano consecutivo. 

Com direção geral de José Maurício Machline, e musical de Cristóvão Bastos, a cerimônia contará com a participação da homenageada, no início e no encerramento do Prêmio. O roteiro de Zélia Duncan trará  um texto de abertura, que será lido por Fernanda Montenegro. A própria Zélia interpretará um dos clássicos do repertório de Maria Bethânia, ‘Rosa dos Ventos’. Caetano Veloso cantará sua primeira composição gravada pela irmã, ‘É de manhã’, e Lenine fará um medley de ‘Pau de arara’e ‘Último pau de arara’.

A homenagem terá uma série de encontros inéditos, como Alcione e Johnny Hooker (‘Negue’ e ‘Lama’, respectivamente); Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes e Chico César (‘Âmbar’, ‘Lua Vermelha’ e ‘Estado de Poesia’, respectivamente); Nana e Dori Caymmi fazem um dueto em ‘Pra dizer adeus’.

Mônica Salmaso relembra trechos do CD ‘Brasileirinho’, um dos mais importantes da carreira de Bethânia: ‘Sussuarana’, ‘Cigarro de Palha’ e ‘Padroeiro do Brasil’, além de ‘O Canto do Pajé’, presente em ‘Bethânia 25 anos’. Mariene de Castro fará um pot-pourri: ‘Paiol de Ouro’, ‘Cabocla Jurema’, ‘Iansã’ e ‘As Ayabás’. Roque Ferreira e Fabiana Cozza se reúnem em ‘Santo Amaro’, ‘Imbelezô eu’ e ‘Coroa do mar’.

A homenagem terá também atores recitando textos célebres presentes nos shows de Maria Bethânia: Renata Sorrah (texto de Fauzi Arap), Letícia Sabatella (‘Quando o amor vacila’), Antonio Nóbrega (‘Parte da barra da vaca’, ‘O poeta come amendoim’ (trecho), ‘Pátria Minha’ (trecho)), Elisa Lucinda (‘Quero ser tambor’) e Matheus Nachtergaele (‘Poema do menino Jesus’).

A direção de arte é de Gringo Cardia, e o figurinista é  Antonio Frajado. Cláudio Tovar assina os figurinos dos bailarinos de um dos números que será apresentado, com coreografia de Jarbas Homem de Mello. A banda é formada por Cristóvão Bastos (Piano, direção musical, arranjos e regência), Pedro Franco (Violão, guitarra e bandolim), Jorge Helder (Contrabaixo), Marcio Mallard (Cello), Paulo Dáfilin (Viola e violão), Dirceu Leite (Sopros), Zé Canuto(sopros), Carlos César (Bateria), Márcio André (trompete e flugelhorn) Pretinho da Serrinha (Percussão), Marcelo Costa (Percussão) e Zero (Percussão).

A primeira edição do Prêmio da Música Brasileira foi dedicada a Vinicius de Moraes. Também já foram homenageados Dorival Caymmi, Maysa, Elizeth Cardoso, Luiz Gonzaga, Ângela Maria & Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento, Rita Lee, Jackson do Pandeiro, Gal Costa, Ary Barroso, Lulu Santos, Baden Powell, Jair Rodrigues, Zé Ketti, Dominguinhos, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Noel Rosa, João Bosco, Tom Jobim e o samba.

Acredito que por contenção de despesas, já que a Vale passa por um período difícil financeiramente, esse ano não teremos a versão itinerante do PMB. Parauapebas vem recebendo essa versão itinerante desde o sua 23ª edição. Por aqui já passaram artistas de renome nacional homenageando João Bosco, Tom Jobim e o Samba.

Mais uma vez Parauapebas, município onde a Vale retira com afinco a maior parte das riquezas que a tornam uma das maiores mineradoras do mundo é deixada de lado. É bom lembrar que nos últimos anos essa apresentação itinerante do PMB fez muita gente que aqui reside mudar os conceitos em relação a empresa. Foram muitas as felicitações à mineradora por proporcionar shows de alto nível aos parauapebense. Mas, como tudo que é bom dura pouco, esse ano ficaremos a ver nosso minério de ferro sair nos navios rumo à China. Uma pena!

Com informações da Uns Comunicação.