O futuro do mercado de trabalho são os robôs. E mesmo em municípios distantes dos grandes centros tecnológicos, como os da Amazônia, os robôs já são uma realidade cada vez mais presente. Em Marabá, por meio da automação industrial, os robôs acionam linhas de produção nas aciarias e turbinam a produção de aço. Em Parauapebas, nas minas da Serra Norte de Carajás, a inteligência artificial já é responsável pela circulação de caminhões autônomos. É a tecnologia substituindo atividades antes manuais e que chegavam a empregar até 100 homens.
Essas percepções levantadas pelo Blog do Zé Dudu estão em linha com uma pesquisa do Laboratório do Futuro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segundo a qual os processos de automação ameaçam mais da metade dos empregos em todos os municípios do país. De acordo com o levantamento, 60% dos trabalhadores do país correm o risco de perder o empregos na concorrência com robôs superprodutivos.
O estudo levou em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2017, elaborada pelo Ministério da Economia. No entanto, o Blog do Zé Dudu resolveu atualizar, por conta própria, o levantamento considerando-se dados da Rais mais recente, que é a de 2018, para dimensionar a possível fatia do mercado de trabalho que, no futuro, poderá ser engolida pelo avanço tecnológico.
O Blog analisou o estudo e compilou dados para os principais municípios do Pará e para aqueles que compõem a província mineral de Carajás. No Pará, Marabá terá a maior perda relativa (75,8%), o equivalente a 35,5 mil trabalhadores de sua atual força de trabalho. Parauapebas poderá assistir ao corte de aproximadamente 30 mil postos de trabalho.
Na capital do estado, Belém, quase 255 mil empregos “humanos” poderão ser derrubados por robôs de alta performance, o equivalente a tirar do mapa uma cidade de trabalhadores praticamente do tamanho de Marabá. Já Eldorado do Carajás, que tem economia fortemente campesina e com postos de trabalho dependentes da administração pública municipal, é o município onde, proporcionalmente, mais empregos serão preservados: 41% do total. Confira os números tabulados pelo Blog com base na projeção do Laboratório do Futuro!