Carlos Mário Guedes de Guedes, presidente nacional do INCRA, chega dia 18 de novembro em Marabá.
O prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) de Marabá (PA) foi desocupado pelas famílias do MST na manhã dessa quinta-feira, 07.
Após reunião ocorrida na tarde de ontem entre lideranças do MST e o superintendente regional do INCRA de Marabá, Euderio de Macedo Coelho, ficou acertado a vinda para região do presidente nacional da entidade, Carlos Mário Guedes de Guedes no próximo dia 18 de novembro.
Dessa forma as 500 famílias montaram um acampamento do lado de fora do prédio e prometem ficar na cidade para uma série de protestos lembrando a violência do campo no Pará, a morosidade política da entidade no sul e sudeste paraense, além da importância de uma reforma agrária popular.
Para o Advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de Marabá José Afonso Batista, que acompanha grande parte dos processos em questão, o INCRA está envolto aos interesses dos fazendeiros no Pará. “Há uma força política desses fazendeiros exercida sobre o INCRA, que pesa nessas decisões favoráveis as famílias. Aqui no sul paraense temos longas extensões de terras griladas, públicas, improdutivas, que o INCRA sabe, mas teme fazer a vistoria”, relata.
Diante dessas circunstancias, Tito Moura diz que será cobrado nacionalmente uma decisão do órgão pelas desapropriações inoperantes no Pará. “Permaneceremos aqui até a data da chegada da comitiva nacional do órgão, onde vamos cobrar os processos nossos que estão emperrados por questões políticas já que juridicamente todos estão de acordo com as legislações para atender a reforma agrária”, enfatiza.