Centro Cultural de oito milhões de Reais será construído pela VALE em Parauapebas

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Após decisão judicial nos autos que tramitaram na Justiça Trabalhista referentes às horas in itineres devidas pela mineradora Vale aos trabalhadores das minas de Carajás, ocorrida em julho passado, ficou determinado através de acordo que a VALE, além do pagamento das horas, faça outras obras na cidade à título de ressarcimento. Entre elas está o Centro Cultural em Parauapebas (Anfiteatro).

Dando sequencia ao cumprimento desse acordo, aconteceu ontem, 22, uma reunião da Comissão Municipal de Cultura com a Fundação Vale para discutir o projeto do ANFITEATRO que deverá ser construído ainda este ano no município pela mineradora.

O projeto, idealizado pela empresa de consultoria Santa Rosa Bureau Cultural, de Belo Horizonte, contará com teatro e foyer, com capacidade para duzentas pessoas, dois camarins individuais, dois camarins coletivos, sala de música, sala áudio-visual e  biblioteca com acervo de dois mil títulos.

Estiveram presentes a esta reunião, entre outros, a Comissão Municipal de Cultura, que agrega vários artistas da música, dança, artes visuais, teatro, artesanato, etc, o Secretário de Cultura, Cláudio Feitosa, Luís Veloso, representando a VALE, Andrea Gama, responsável pela área de Cultura da Fundação Vale e o vereador Odilon Rocha de Sansão.

Segundo o Secretário de Cultura, este grande Centro Cultural está sendo discutido com a comissão municipal, mas efetivamente a Vale poderia construí-lo sem ter que consultar a sociedade organizada do setor.

A Fundação VALE preferiu consultar os agentes culturais para melhorar esse projeto inicial, o que enriquece ainda mais a representatividade desta obra tão importante e estratégica para Parauapebas, afinal, cultura é coisa séria e faz bem.

Muitas propostas foram apresentadas e houve um consenso de não atrasar o cronograma da obra, que deverá começar dentro de pouco tempo. A entrega deste grande anfiteatro deverá ocorrer no máximo até maio do próximo ano, no aniversário da cidade.

O terreno para a construção do Centro Cultural foi cedido pela Prefeitura Municipal, que é onde hoje funciona o almoxarifado, na rua D, perto do SINE. Outros lugares foram citados, como a Rua Belém, na Chácara do Sol próximo ao canal, o terreno atrás do supermercado Sul Carajás,um outro próximo à Prefeitura e até o espaço que a Telemar ocupa no centro da cidade, este último defendido veementemente pelo Vereador Odilon Sanção.

Para resolver o impasse, foi formada uma comissão com o objetivo de visitar e avaliar as áreas citadas.

Outras questões foram levantadas durante a reunião, tais como: o aumento do número de cadeiras no espaço, que inicialmente é de 200, devendo passar para algo em torno de 320; quem deverá gerir o espaço após sua entrega; localização e regularização do terreno onde será construído o Centro Cultural.

A empresa responsável pelo projeto inicial virá à cidade para discutir com cada segmento interessado as necessidades de alteração do projeto, dentro do possível.

Nova reunião ainda será realizada em breve para definir o local da construção bem como as mudanças no projeto inicial. Concluída essa etapa, será mãos à obra.

Ao final da exposição do projeto e debates, Andrea Gama (Fundação Vale) disse ao Blog que “não vê a hora desta obra estar pronta e poder atender aos anseios da classe artística e da população parauapebense.

Jônatas Andrade, o juiz federal trabalhista que esteve a frente do processo e foi um dos idealizadores do anfiteatro, ao ser inquerido sobre a obra, disse que ela será uma pequena forma de ressarcir os trabalhadores que deixaram de estar com suas famílias e em sociedade durante o período que a empresa não o gratificava monetariamente. Segundo Dr. Jônatas, as benfeitorias conseguidas pelo acordo minimizam tais perdas.

8 comentários em “Centro Cultural de oito milhões de Reais será construído pela VALE em Parauapebas

  1. Vicente Reis Responder

    É impressionante o cretinismo e a falta de bom-senso de algumas pessoas ao postarem seus comentários.

    Só escrevem posts raivosos e mal dirigidos; sempre desfazendo trabalhos e ações positivas, só porque vieram desse ou daquele que não sejam do seu agrado.

    O que importa se a Vale está fazendo ou não obrigada? A prefeitura vai doar o terreno e CERTAMENTE depois terá de fazer algo, depois da obra construída. Também acho que é uma obra que a prefeitura já devia ter tido a sensibilidade de perceber como prioritária para ajudar a desfazer o entendimento de cidade-operária que Parauapebas ainda tem.

    Mas antes tarde do que nunca. Que esse Centro Cultural seja a terra fértil onde veremos nascer companhias de dança, de teatro, músicos populares, nossa orquestra municipal, nossa Big-Band, enfim..

    Para quem faz cultura, que já teve que fazer peças ou mostrar filmes no CDC, aguentando carros de som passando com seus funks nas alturas e acomodar as pessoas em cadeiras de plástico, sabe o que essa conquista representa.

    Tem gente que escolhe contribuir; tem gente que escolhe denegrir. Uma cidade melhor não se faz chorando e xingando.

    Arregacem as mangas e venham trabalhar. Participem desse processo, se quiserem, afinal ele é público, aberto e democrático. Mas a crítica vazia é o reflexo da alma vazia e da personalidade medíocre. Não falem, façam!

  2. Pebense Responder

    Quem vai construir é a Vale mais que já pagou pela obra são os milhares de operários de Carajás que sofrem todos os dias subindo e descendo a serra, e com as doenças que isso vem causando em muitos. Em uma época que estive na agência do INSS tinham pastas e pastas só de trabalhadores da CVRD na época com processos de afastamento por doenças ocupacionais. A maioria em idade econômica ativa, mas com muitos problemas de saúde. Então louvemos ao suor do nosso povo trabalhador por isso e pela justiça do trabalho que fez justiça e não a essa empresa que só nos suga e suga nossas riquezas.

  3. YURI SOBIESKI Responder

    me desculpe o secretario………..

    mas que a situação cultural do nosso municipio é caotica isso desde quando eles do governo ” pilantrão” assumiram a prefeitura. nunca se ouve falar mais e desfile de 7 de setembro nas vilas palmares, não temos um teatro municipal mostra ai a incompetencia deles de trabalhar pois é preciso 8 milhões é da vale pra ser feito …….
    por que não com as verbas da PMP ? seis anos de governo é a cultura foi mais uma vitima deles que fingem sofrer de alzaimer!!!!!!
    esquecendo do povo !
    agora tudo quanto é de jornal é blogs iram mostrar o secretario falando dos 8 milhoões mas nos já sabemos que é obra da vale um beneficio trago por ela não e luta de secretario é muito menos desse caboquinho Darci.

    OBRIGADO VALE!!!!!!!!
    GRATO,
    yuri sobieski
    cidadão revoltado

  4. Vicente Reis Responder

    Anfiteatro? Comissão de Cultura?

    Zé Dudu, quem esteve na reunião e efetivamente participou dela, sabe que o que nós discutimos foi o Centro Cultural, um complexo multifinalitário, para abrigar diversas linguagens artísticas.. Anfiteatro??

    E Comissão de Cultura não existe. O Conselho Municipal de Cultura esteve presente, como representante das demandas dos diversos segmentos artísticos de nosso município.

    Um pouco mais de atenção não faria mal na hora de informar.

    “Anfiteatros são arenas ovais ou circulares rodeadas de degraus a céu aberto. Na Roma Antiga foram adaptados dos teatros gregos para servirem aos combates de gladiadores, de animais selvagens e demais diversões públicas. Podiam ser até cheios d’água (alguns deles) para espetáculos de combates navais. O mais conhecido e maior deles é o Coliseu romano.”

  5. claudio feitosa Responder

    Caro Zé,

    mais uma vez agradeco a cessäo de espaco para repercurtir as questöes culturais da cidade, lembrando, ainda, que foi aqui no teu blog onde esse debate se iniciou, por ocasiäo da decisäo judicial supra mencionada.

    Naquela feita fiz um comentário que acabou por me levar a uma conversa com o dr. Jonatas e outra, posteriormente, com representantes da Vale.

    Nesses primeiros contatos ficou manifestada a nossa intencäo de ampliar o debate com os segmentos culturais da cidade, proposta aceita imediatamente pelos interlocutores da Vale.

    Já realizamos 4 encontros, sendo este, de ontem à noite, o primeiro com os membros do Conselho Municipal de Cultura.

    De antemäo está definido que o nosso Centro Cultural näo será exatamente aquele anexado ao processo judicial. Tomaremos ele como base apenas. O Cineteatro, por exemplo, näo terá apenas 200 lugares.

    O que ficou decidido é que depois de ouvir cada segmento, a empresa que presta consultoria à Fundacäo Vale fará adaptacöes para atender as nossas necessidades e, posteriormente a isso, seräo requisitados três projetos arquitetônicos para elegermos o melhor.

    Por último, enquanto gestor de cultura no município, registro aqui o comportamento proativo e extremamente cooperativo que vimos encontrando nos representantes da Vale.
    Vivemos um momento crítico nas relacöes da empresa com a comunidade, e, ao contrário do que possa imaginar, penso que é exatamente nestes momentos que devemos construir consensos, valorizar as possibilidades de aperfeicoamento dessas relacöes. E é isso o que estamos fazendo neste processo de construcäo do Centro de Cultura, a exemplo do acordo que está sendo costurado para a criacäo da cidade universitária em compensacäo à implantacäo da ferrovia no perímetro urbano do município.

    Grato,

    Cláudio Feitosa
    sec. municipal de Cultura

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