Os juízes federais farão uma paralisação nacional no dia 27 de abril. Motivo principal: reajuste de 14,79%. Os donos dos martelos acusam o Congresso Nacional de omissão e já até ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) para que, na falta de uma lei, a própria Corte autodetermine o aumento.
O movimento da toga é emblemático porque, se vingar, elevará o teto do funcionalismo dos atuais R$ 26.723 para R$ 30.675 e, de quebra, arrastará junto uma série de remunerações que estão atreladas, configurando o famoso efeito cascata. O momento em que a reivindicação vem à tona também merece atenção especial. Nunca é demais lembrar que o Executivo e os demais Poderes encampam desde o início do ano um discurso de austeridade baseado em novos critérios para a definição de gastos correntes.
Abaixo, apenas para efeito didático, segue a tabela que guia os salários na magistratura.
Dilma evita polemizar
COIMBRA – A presidente, Dilma Rousseff, não quis polemizar sobre a greve de juízes federais, por ajuste salarial. Nesta terça-feira, Dilma declarou, em Portugal, respeitar postura do judiciário, porém ressaltou que o caminho do diálogo é melhor antes de medidas drásticas.
“Eu represento o Poder Executivo. Em relação ao Judiciário, eu tenho uma postura de bastante respeito. O que o Judiciário encaminhar, é de competência dele, da autonomia dele. Em geral, eu digo que é melhor sempre esgotar o caminho do diálogo antes de partir para medidas drásticas” – disse Dilma, sem entrar no mérito dos altos salários dos juízes hoje.
A decisão de paralisação como um alerta, foi tomada pelos magistrados ligados à Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Além do reajuste, os juízes buscam direitos iguais aos do Ministério Público Federal e maior segurança, já que vários magistrados têm sido vítimas de atentados de organizações criminosas.
Com informações do Blog do Servidor e Extra