Brasília – O Partido Liberal (PL) apresentou, nesta terça-feira (22), uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação de parte das urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições presidenciais, alegando “mau funcionamento” do equipamento.
O pedido se baseia em um relatório produzido pelo Instituto Voto Legal, a pedido do PL, sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e o processo de contabilização e apuração dos votos.
O documento estaria “apontando inconsistências graves e insanáveis acerca do funcionamento de uma parte das urnas eletrônicas utilizadas no pleito eleitoral de 2022, que precisam ser devidamente analisadas e solucionadas, com as consequências devidas, por essa e Corte Superior Eleitoral”, diz na ação protocolada no TSE.
Segundo o relatório, foram encontrados problemas nos Logs de Urna de cinco modelos utilizados nas eleições. Logs são, basicamente, os registros e históricos de atividades das urnas eletrônicas.
A auditoria da Coligação liderada pelo PL aponta que os modelos apresentavam o mesmo número de Logs, o que impossibilitaria a realização de uma verificação detalhada.
“A identificação de forma única e não repetitiva de cada arquivo (LOG) tem importância fundamental e é imprescindível para vincular cada arquivo LOG à sua respectiva urna física,” diz o documento.
O problema teria ocorrido em 279.336 urnas, cerca de 59% dos equipamentos utilizados na eleição, e que, segundo levantamento também feito pela auditoria, teriam dado vitória a Lula com 53% dos votos. Já no restante das urnas, segundo o levantamento feito pelo partido de Bolsonaro, o atual presidente teria vencido com 51% dos votos.
Veja a íntegra do pedido feito pelo PL ao TSE.
Manifestação do TSE
Em resposta à petição apresentada pelo PL, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que o partido apresente em 24 horas um pedido de anulação que englobe o primeiro e o segundo turno com as auditorias completas das duas votações. No documento encaminhado pelo partido ao tribunal consta apenas o pedido de verificação nos dados do segundo turno, sob pena de indeferimento da inicial.
Inquestionável
Na noite de terça, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem o aval de Lula para a reeleição, disse que: “O resultado das eleições é inquestionável e que o Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente eleito do Brasil”.
Por Val-André Mutran – de Brasília