Uma parceria entre as secretarias municipais de Saúde, Obras, Meio Ambiente e do Departamento de Postura de Canaã dos Carajás está investindo na qualificação das ações de combate aos mosquitos Aedes Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika; e ao mosquito Palha, responsável por transmitir a leishmaniose. Os trabalhos, segundo o coordenador do Departamento de Vigilância em Saúde, Douglas Pacheco, vão se estender para vários bairros do município e acontecerão entre os meses de setembro e novembro.
A meta da Secretaria de Saúde, que encabeça a iniciativa, é reduzir os índices de transmissão das doenças combatendo os seus principais focos. “A equipe vai passar de casa em casa orientando sobre a leishmaniose visceral e sobre a dengue, chikungunya e zika. Além disso, também será feita a distribuição de sacos plásticos de lixo e a eliminação dos focos do mosquito, caso necessário. Nas casas situadas em locais de incidência de leishmaniose em humanos, a borrifação química também acontecerá.”
Além do trabalho nos bairros, as equipes intensificarão a conscientização nas escolas. O objetivo é orientar os alunos sobre os perigos da doença e as respectivas maneiras de se prevenir.
Outra ação que já vem sendo realizada pela Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) é o treinamento de servidores públicos para atuarem como multiplicadores de conhecimento para a população.
Ainda segundo Douglas, a orientação é que, os moradores que tiverem entulhos em suas residências devem coloca-los para fora para que as equipes da Semob (Secretaria Municipal de Obras) façam o recolhimento. “Quando o mutirão de combate às doenças chegar a cada localidade haverá a divulgação por meio de carro de som para que os moradores fiquem atentos e nos auxiliem no trabalho”, reforçou.
Casos de leishmaniose na cidade
De janeiro até o início de julho deste ano o município já havia realizado 931 testes rápidos em cães, e, segundo o último relatório divulgado pela Semsa, 29 pessoas apresentaram diagnóstico positivo para Leishmaniose Visceral.
Até o momento, apenas uma morte foi confirmada em decorrência da doença. Uma criança de três anos veio a óbito após ser diagnosticada com leishmaniose. Ela foi encaminhada para tratamento no município de Tucuruí, sudeste paraense, mas faleceu no mês de junho.