Homem usava nome de membros do Ministério Público durante extorsões.
Procurador de Justiça de voz de prisão ao acusado nesta quarta-feira,20.
Um homem foi preso nesta quarta-feira (20) em Belém acusado de extorquir investigados pela Operação Filisteu, que investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos na câmara de vereadores e na prefeitura do município de Parauapebas, no sudeste do Pará.
De acordo com informações do Ministério Público do Pará (MPPA), Lúcio de Assunção Oliveira usou os nomes do procurador de Justiça Nelson Pereira Medrado e do promotor de Justiça Hélio Rubens Pinho Pereira para prometer facilidades aos investigados pela operação. Lúcio era investigado pelo MPPA e já tinha mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal de Parauapebas.
O próprio procurador de Justiça Nelson Medrado deu voz de prisão ao acusado na sala do Núcleo de Combate à Improbidade e à Corrupção (NCIC) do MPPA. “Para minha surpresa apareceu aqui hoje dizendo ser assessor do vice-governador e do deputado José Megale e que veio me parabenizar pelo trabalho que tenho realizado a frente do Ministério Público e da Operação Filisteu”, relatou o procurador Medrado.
Segundo o promotor de Justiça Hélio Rubens, o acusado e mais dois comparsas cobravam dinheiro da família do operador do esquema de corrupção preso durante a operação. As cobranças eram realizadas em nome de Medrado e Rubens. “Conseguimos identificar os outros dois e eles foram presos, ainda por ocasião da Operação Filisteu. Só faltava prender o Lúcio e por incrível que pareça, veio até o NCIC parabenizar o Medrado pelo trabalho que vem desenvolvendo”, explica Rubens.
Ainda de acordo com o MPPA, Lúcio se passava por autoridades como o procurador Medrado em conversas encontradas no aparelho de telefone celular que ele usava, oferecendo inclusive supostas vantagens em investigações do MPPA. “Tem conversas dele extorquindo o prefeito de Muaná. O prefeito de Mocajuba já havia denunciado ao NCIC a prática de tentativa de extorsão pelo Lúcio”, conta Medrado.
Fonte: G1