O agricultor Almir Pereira Silva, 34 anos, morador da Vila Três Voltas, a 40 km do perímetro urbano de Parauapebas, foi assassinado provavelmente enquanto dormia, na madrugada deste sábado (3), com um tiro de espingarda no rosto.
O motivo do crime e o matador são desconhecidos, mas a frieza com que foi cometido ficou mais patente ainda porque o homicida retirou, com objeto cortante, possivelmente uma faca, parte da pele de uma das pernas de Almir em que havia tatuado o nome “Elias”, talvez para apresentar como prova de que o agricultor havia mesmo morrido.
Selma Sarmento dos Santos Nascimento, mulher de Almir, com quem convivia havia 10 anos, nada sabe sobre o crime, pois havia saído de casa para outra localidade, a fim de pesar os filhos, cumprindo com uma exigência do Programa Bolsa Família, e dormiu com as crianças na casa de um parente. Ela conta apenas que saiu na sexta-feira (2), por volta das 10h30, após preparar o almoço para o marido, que, segundo ela, ficou bem.
A mulher afirma que, até onde sabe, Almir não era envolvido com transações erradas nem tinha inimigos de espécie alguma. “Ele só foi preso uma vez, quando passou 30 dias na cadeia, mas foi por violência doméstica, pela Lei Maria da Penha”, conta.
(Reportagem: Ronaldo Modesto)