Agricultores familiares da Região do Mosaico Lago de Tucuruí, no sudeste do Pará, receberam mudas de plantas frutíferas, para diversificar a sua produção e ajudar no reflorestamento das áreas onde vivem. A inciativa é do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), com o apoio de uma rede de parceiros.
Foram doadas 750 mudas de cacau (Theobroma cacao) e mil mudas de açaí (Euterpe Oleracea Mart) para beneficiar 28 agricultores familiares, sendo 20 em Tucuruí, na Comunidade João Canuto, e oito em Jacundá, nas comunidades da Vicinal 11 e Ilha do Bacurau. Segundo o sociólogo Patrick Passos, do Ideflor-Bio, a ação ocorreu devido à integração entre as instituições parceiras e a gestão do Mosaico Lago de Tucuruí.
De acordo Jossandra Pinheiro, gerente em exercício da Região Administrativa Tucuruí, apoiar a produção de mudas e sementes nas comunidades pertencentes ao Mosaico é acreditar que ações que visam ao reflorestamento geram benefícios coletivos e ajudam o desenvolvimento local. O projeto tem como parceiros as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Associação de Moradores da Vila Quatro Bocas do município de Jacundá (Amvila), Associação de Trabalhadores Rurais João Canuto (do município de Tucuruí) e Prefeitura de Jacundá.
O presidente da Amvila, José Rubens Lima, agradeceu pela iniciativa. “As mudas chegam em boa hora e vão para as mãos de agricultores comprometidos com a produção sustentável”, ressaltou.
O presidente da Comunidade João Canuto, Raimundo Waldemir, destacou o trabalho realizado em parceria com as instituições. “Recebemos a instalação do viveiro de mudas, o curso de capacitação para a produção de mudas de plantas regionais e, nessa semana, recebemos as mudas com quatro meses de desenvolvimento, fato que nos enche de esperança, pois produzir é acreditar na vida”, enfatizou.
As doações foram realizadas nos dias 25 e 26 deste mês. Segundo o Ideflor-Bio, o investimento em plantas frutíferas da flora amazônica objetiva não só gerar renda aos agricultores familiares, que diversificam suas produções agrícolas, mas também contribuir para o reflorestamento das áreas degradadas.
Tina DeBord – com informações do Ideflor-Bio