Ontem (26) a noite o diretor presidente da Aços Laminados do Pará – ALPA, José Carlos Gomes Soares (foto), reuniu-se com a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marabá – ACIM. Em pauta a instalação da ALPA e os boatos de que ela seria removida para outro Estado.
José Carlos esclareceu que o cronograma inicial da usina siderúrgica, que terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas, compreendia um sistema integrado com a construção de um ramal ferroviário para receber o minério extraído em Carajás e a construção de um terminal fluvial no Rio Tocantins que receberia carvão mineral e calcário, e faria o escoamento da produção siderúrgica até o porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Segundo José Carlos, com a retirada da hidrovia do Rio Tocantins das obras do PAC, esse cronograma está sendo remodelado e teria sido o real motivo da paralização das obras. Ainda segundo o presidente, já foram investidos cerca de U$235 milhões no projeto, sendo que os serviços de drenagem e terraplenagem estão praticamente concluídos e máquinas para o funcionamento da usina já foram encomendadas e estão sendo construídas por empresas parceiras no projeto.
Para Soares, um outro grande empecilho é o lote 11 da área disponibilizada para a construção da ALPA, que pertence ao Eduardo do Alvorada. O comerciante contesta os valores indenizatórios e busca na justiça uma melhor remuneração, fato que levou a Vale a suspender as obras. Com essa paralização, haverá um atraso de dois anos no lançamento no projeto, já que as obras só deverão ser retomadas em julho, após o período chuvoso, estima José Carlos.
Projeto Aline
Uma forte constatação de que a ALPA não será removida de Marabá pode ser notada com a movimentação do empresário Ian Corrêa, vice-presidente da Sinobras, que em parceria com a Vale está implantando o Projeto Aline em Marabá. Corrêa esteve durante a semana na Europa e hoje se encontra na China fazendo aquisições de máquinas e equipamentos para o projeto.
O projeto Aline irá receber matéria prima da ALPA para produzir anualmente 650 mil toneladas de bobinas quentes e frias e chapas galvanizadas, produtos que serão vendidos para indústrias de vários setores e ajudar a fomentar o processo de crescimento econômico do Pará.
2 comentários em “ALPA: “não haverá mudança do Pará”, afirma José Carlos Soares”
quando é que vai si envesti em industrias e sinderugicas em parauapebas
Não custa nada desconfiar… Quando a Vale divulga seus resultados e, principalmente, o que está investindo no Pará, ah! aí pode ter coisa…
Politicos e instituições públicas e privadas uni-vos!
Tem que dar um basta nisso, a Vale está fazendo o que sempre fez – do Pará apenas produtor e exportador de matéria prima, para o exterior, enquanto internamente, outros Estados são os que recebem as fábricas para industrialização do minério.