Sob a presidência do ex-prefeito de Conceição do Araguaia, Jair Lopes Martins, e prestes a eleger seu próximo presidente, a Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (AMATCarajás) vem se esfacelando nos últimos meses. Tudo em virtude da política que tomou conta da Associação e que, ao que parece, deve enterrá-la nos próximos meses.

Fundada em 12 de novembro de 1977, como uma entidade representativa que congrega 39 municípios das regiões Sul e Sudeste do Estado do Pará, abrangendo municípios de cinco regiões de integração: Araguaia, Carajás, Lago de Tucuruí, parte da Região do Rio Capim e Xingu, com uma área territorial de aproximadamente 172.292,70 Km² e totalizando uma população de 1.741.079 habilitantes (Censo-2022), a AMATCarajás teve o ex-deputado federal Giovanni Queiroz como seu primeiro presidente e já foi uma entidade poderosa na região do Carajás. Hoje, devido à administrações pouco republicanas, tem uma dívida astronômica e está insolvente, mesmo vendendo seu principal patrimônio, o prédio sede na capital do Estado.

Nos últimos dias, nada menos que seis importantes municípios (Marabá, Canaã dos Carajás, Eldorado do Carajás, Curionópolis, Brejo Grande do Araguaia, Tucuruí e Breu Branco) deixaram a AMATCarajás por não concordarem com a forma como conduz a associação o presidente Jair Martins, que quer emplacar o prefeito de Cumaru do Norte, Celio Marcos Cordeiro (Nego), como sucessor. A prefeita de Canaã dos Carajás, Josemira Gadelha, era sua principal adversária, mas retirou sua candidatura quando o município retirou-se da associação.

Segundo seu estatuto, a AMATCarajás tem até o dia 15 de março para realizar a eleição para eleger a nova diretoria da Associação, mas, à boca pequena, dizem que até lá haverá pouco mais da metade dos 39 municípios ainda com alguma ligação à AMATCarajás.