Ano letivo de 2024 começa em 22 de janeiro, em Marabá, com vários desafios

Maior desafio da rede municipal de educação é equiparar a qualidade do ensino. Em 2024, apenas uma escola será de tempo integral na cidade
Ao centro a diretora da escola Martinho Motta, Cristina Arcanjo, comemora a mudança para tempo integral

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Os cerca de 55 mil alunos e mais de 4.000 educadores da rede municipal de Ensino de Marabá já sabem quando as aulas vão iniciar em 2024. Será no dia 22 de janeiro, após uma semana de formação dos professores, com foco na equidade da qualidade do ensino.

Os gestores escolares acabam de participar de uma reunião estratégica para avaliar as ações pedagógicas deste ano e projetar os desafios para 2024.

Diretores, vice-diretores, coordenadores e pedagógicos orientadores educacionais do Sistema Municipal de Ensino apresentaram suas impressões em evento realizado no Centro de Convenções Carajás. Participaram da reunião, profissionais da Educação da zona rural e urbana, somando mais de 500 pessoas. Após o café da manhã, servido no mesmo local do evento, os gestores receberam o calendário do ano letivo de 2024 para todas as escolas públicas municipais, da cidade e do campo.

Estudantes da Martinho Motta vão passar o dia inteiro na escola para fortalecer a aprendizagem

“Hoje a gente realiza a nossa terceira reunião de rede. É uma reunião em que reunimos diretores, vices, coordenadores pedagógicos e orientadores para avaliação do ano letivo que termina na próxima sexta-feira, dia 22, e apresentar as propostas do ano letivo 2024. A Secretaria Municipal de Educação já tem o planejamento do ano letivo 2024, que envolve temas de Semana da Pátria, mostras municipais de Educação, concursos pedagógicos, formação de professores, enfim, tudo o que vai acontecer no âmbito pedagógico durante o ano”, explica o professor Fábio Rogério Rodrigues Gomes, diretor geral de Ensino da Secretaria Municipal de Educação.

Segundo ele, planejar a Educação municipal inclui propostas de ações que tenham o alcance no processo de desenvolvimento educacional dos alunos da rede municipal de ensino.

Um dos desafios é a qualidade do ensino nas cerca de 100 escolas da zona rural do município, que detêm os piores resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) divulgados a cada dois anos pelo Inep, órgão do Ministério da Educação. O município também tem algumas escolas de excelência na zona urbana, enquanto outras, nas áreas periféricas, ainda têm notas que precisam melhorar bastante.

Fábio Rogério prega a palavra reconhece que o grande desafio para a rede é o princípio da equidade, oferecendo educação de qualidade para quem está no centro da cidade, na periferia e, ainda, nas escolas do campo. “Queremos um futuro igual para todos, para o branco, para o negro, para o indígena, para o pobre. Então, a gente olha para a equidade como um princípio de assegurar a aprendizagem para todos, sem distinção”, frisa o diretor geral de Ensino de Marabá.

Outra ferramenta importante usada por municípios que se tornaram referência na educação foi a implantação de escolas de tempo integral. Mas Marabá ainda não tem nenhuma na cidade e escolheu iniciar por apenas uma em 2024.

Será a Escola Martinho Motta da Silveira, na Folha 27, que preparou o corpo pedagógico, gestão e demais funcionários de apoio. Isso para nós é uma grande conquista porque vai fazer grande diferença para os nossos estudantes, e que venha 2024. Estamos cheios de expectativas e criando coisas bonitas e novas para oferecer para nossa comunidade”, destaca a gestora da escola, Cristina Arcanjo.