A Apae é a maior rede de apoio às Pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla. Atualmente são mais de 2.200 unidades espalhadas pelo Brasil e mais de 1.300.000 assistidos pelas unidades. Segundo dados do IBGE de 2010, o Brasil tem mais de 45 mil pessoas com deficiência, o equivalente a 23,9% da população do país.

As Apaes surgiram da necessidade de cobrir a ineficiência do Estado em prestar devida assistência às pessoas com Deficiência Intelectual e Múltiplas. Em um país historicamente marcado por forte rejeição, discriminação e preconceito, as famílias dessas pessoas, empenhadas em buscar soluções alternativas para que seus filhos alcancem condições de serem incluídos na sociedade, com garantia de direitos como qualquer outro cidadão, criaram as primeiras associações.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), visa educar, realizar atendimentos na área da saúde e lutar por seus direitos na perspectiva de inclusão social.

Basicamente o Movimento Apaeano é uma grande rede constituída por pais, amigos, pessoas com deficiência, voluntários, profissionais e instituições parceiras – públicas e privadas – unidas para a promoção e defesa dos direitos de cidadania da pessoa com deficiência e a sua inclusão social.

Apae Parauapebas

A Apae Parauapebas foi fundada em 17 de agosto de 1996 e surgiu sob o mesmo escopo do movimento, de promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços e apoio às famílias, na busca do desenvolvimento integral, habilitação e reabilitação, melhoria da qualidade de vida e inclusão social da pessoa com deficiência intelectual e/ou múltiplas, na família e comunidade.

A instituição atende hoje cerca de 50 assistidos, e atua em três pilares – educação, saúde e assistência social -, a Apae conta com a força de trabalho de quase 100 colaboradores para a realização dos seus propósitos, entre eles voluntários e parceiros da instituição. Hoje, a Apae passa por processo de restruturação, para garantir mais conforto e comodidade aos assistidos.

“Quando fui convidado para ser o Presidente da Apae me senti bastante honrado e ao mesmo tempo apreensivo. O chamado a servir é algo desafiador e ao mesmo tempo gratificante. Não tive como recusar a proposta e um novo mundo de aprendizado e de novas experiências entrou em minha vida. Lutar pelas pessoas com deficiência intelectual e múltipla passou a ser a minha bandeira. A obra que estamos fazendo vai colocar a Apae novamente em condições de funcionamento digno”, ressalta Humberto Costa”

Para dar continuidade aos trabalhos a instituição precisa que a sociedade entenda o papel da Apae para a sociedade e contribua com o bem-estar e continuidade dos serviços desenvolvidos junto aos assistidos.

“A Apae é um lugar onde se encontra amor, acolhimento e aprendizado, partilhados entre voluntários, assistidos e funcionários. É aquele trabalho em que você volta para a casa cansado, mas acorda ansioso para enfrentar um novo dia de atividades desafiadoras, de realidades duras e complexas, sempre somada a abraços e gestos de carinho de nosso público atendido. Sempre quis trabalhar por um propósito, eis que encontrei aqui o meu lugar”, frisa Elizabeth Oliveira – coordenadora da área clínica e pedagógica.

Para as famílias, a Apae representa qualidade de vida para quem recebe o acolhimento da instituição. Entre os assistidos está Luso Dourado Rosa de 40 anos, com síndrome de Down. Ele recebe todo o atendimento necessário da Apae de Parauapebas. Cibele Cristina Ramos dos Santos Rosa, cunhada de Luso, sua vida mudou para melhor quando começou a frequentar a instituição e sua qualidade de vida foi transformada.

“A Apae foi um divisor de águas na vida do meu cunhado, desde quando começou a frequentar a instituição sua vida mudou. O trabalho que eles fazem com os assistidos é maravilhoso, meu cunhado começou a desenvolver mais, a se comunicar melhor, hoje ele é outra pessoa, de um Luso antes e depois da Apae. É uma instituição muito importante na vida das pessoas com um familiar com uma pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e esse trabalho não pode parar, oriento as pessoas a conhecerem o quão eles transformam a vida dos assistidos que recebem o acompanhamento, destacou Cibele Cristina Rosa.