Mesmo ainda com o cenário de pandemia nada animador, o Pará vem conseguindo obter resultados positivos na área econômica, como a abertura de novos negócios. De acordo com os dados da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), o número de empresas registradas no órgão, entre os meses de janeiro e maio, cresceu 43,16% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o balanço, nesses cinco últimos meses foram registrados 40.526 novos estabelecimentos, comparado ao mesmo período de 2020, quando foram contabilizados 28.309 empreendimentos. No estado, as cidades com os melhores saldos na abertura de novos negócios foram: Belém com 11.952; Ananindeua, com 4.341; Santarém, com 2.096; Parauapebas, com 1.795; e Marabá, com 1.737.
Ainda segundo os dados da Jucepa, com relação aos tipos jurídicos, o Empresário Individual (EI) foram os que mais abriram empresas no estado, com 34.485 registros, seguidos da Sociedade Limitada (LTDA), com 3.303; Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), com 2.531; Sociedade Anônima, com 155; e Cooperativa, com 43 registros.
De acordo com a presidente Jucepa, Cilene Sabino, os números evidenciam as ações de desburocratização que vêm sendo implantadas pelo órgão e a política de incentivo ao empreendedorismo implantada pelo governo estadual. “Esse é um resultado que está na contramão da crise e que comprova o dinamismo da economia paraense, estimulado por meio do pacote econômico do governo do Pará”, analisou a presidente.
Segundo ela, a crise impulsiona a formalização do negócio próprio. “Ter a possibilidade de sair do desemprego ou formalizar uma ideia de empreendimento é a chance que muitos procuram para superar esse momento de tribulação e melhorar a renda familiar. É uma estratégia para atravessar o atual momento econômico do país. Em tempos adversos como esse, o empreendedorismo costuma crescer”, enfatiza Cilene Sabino.
O diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, observa a importância do empreendedor buscar conhecimentos para se manter no mercado. “Após a abertura das empresas, há o grande desafio da sustentabilidade do negócio no mercado. Para isso, é importante investir em capacitação técnica do empresário e da equipe, gestão dos negócios, em especial em planejamento, relacionamento para a conquista e fidelização dos clientes e abertura de mercado”, pontua Rubens Magno.
Nesse campo, o diretor destaca que o Sebrae é um grande aliado dos empreendedores. “Nós prestamos atendimento especializado em todas essas áreas, que pode ser presencial ou remoto”, diz Rubens.
Os dados da Jucepa também aponta que o número de alterações empresariais cresceu no estado, num total de 54,18%, de janeiro a maio de 2021. Nesse período, a Jucepa aprovou 14.069 alterações, contra 9.125 alterações no mesmo período de 2020.
Isso demostra, diz a Jucepa, que para driblar a crise, o empresariado paraense preferiu manter a empresa aberta e realizar alterações para se adaptar ao cenário de restrições sanitárias e à economia digital.
Tina DeBord- com informações da Jucepa