Nada como um dia após o outro, e o Pará, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, voltou a crescer com força na balança comercial brasileira sustentado pela franca produção de minério de ferro, que não para no complexo minerador de Carajás e desconsidera as estatísticas da Covid-19, que já tem quase 7.000 casos confirmados e fez cerca de 600 vítimas fatais até este sábado (9). As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu junto ao Ministério da Economia, que acaba de soltar os dados pormenorizados e regionais das transações comerciais brasileiras.
Em abril, o Pará exportou 1,432 bilhão de dólares em commodities, sendo superado apenas pelas exportações de São Paulo (2,694 bilhões), Rio de Janeiro (2,002 bilhões), Minas Gerais (1,892 bilhão), Mato Grosso (1,58 bilhão) e Paraná (1,461 bilhão). Na 6ª posição no mês, esse desempenho é melhor que o registrado em março, quando ficou em 8º lugar. O crescimento foi de 40% de um mês para outro.
No acumulado de quatro meses deste ano, o Pará está ainda melhor: é o 5º maior exportador nacional, com 5,523 bilhões de dólares transacionados, atrás de São Paulo (12,809 bilhões), Rio de Janeiro (8,546 bilhões), Minas Gerais (7,193 bilhões) e Mato Grosso (5,843 bilhões). Desse grupo, porém, o Pará é o único a apresentar crescimento real na balança em relação ao mesmo período do ano passado, quando acumulou 4,085 bilhões. No comparativo entre o primeiro quadrimestre de 2019 com o de 2020, o crescimento este ano é de 35%.
O minério de ferro, principal produto da cesta paraense, somou 815,46 milhões de dólares pela exportação de 12,3 milhões de toneladas em abril. É muito mais que os 641,68 milhões de dólares apurados em março pela venda de 10,74 milhões de toneladas. Cerca de 65% do minério produzido em abril foram parar na China. No acumulado do ano, o minério de ferro paraense totaliza 52,17 milhões de toneladas e rende 3,38 bilhões de dólares.