Deu xabu nos planos da Prefeitura de Parauapebas de passar para frente, o mais rápido possível, a gestão do aterro sanitário. Nesta sexta-feira (27), foi oficialmente cancelada a sessão de abertura das propostas comerciais 48 horas após ter sido anunciada sua data no Diário Oficial da União (DOU). O documento de cancelamento foi, contudo, assinado ontem (26). A informação foi levantada com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que acompanha e traz os bastidores da novela que se tornou a licitação do aterro.
Na próxima segunda (30), dez empresas iriam disputar os R$ 11,46 milhões que o governo do prefeito reeleito Darci Lermen está disponibilizando para contratar uma empresa que se responsabilize pela execução dos serviços de supervisão, gerenciamento, operação e manutenção do aterro, ação importante para o atual momento do município, que desenvolve obras de saneamento básico via Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap).
A Comissão Permanente de Licitação (CPL) da prefeitura diz que a data da licitação foi cancelada por existir interposição de recurso por uma das empresas interessadas. De olho no contrato milionário, as candidatas já entraram com, pelo menos, meia dúzia de pedidos de esclarecimentos sobre pontos do edital, inclusive tentando impugnar o documento. Uma sucessão de eventos — desde a paralisação do processo por conta da pandemia de coronavírus até falta de informação no edital — tem empurrado a escolha da empresa. O certame está sob a batuta da Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb).
A operação do aterro é necessária e urgente porque a Prefeitura de Parauapebas e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) já assinaram dois Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) para o destino final dos resíduos sólidos do município. As obras em andamento e a serem executadas têm a finalidade de atender as exigências desses documentos.
Parauapebas produz hoje aproximadamente 13 mil toneladas por mês de resíduos sólidos, sendo 4.500 delas de resíduos não inertes, como os orgânicos (restos de comida e de madeira, por exemplo), e 8.500 de resíduos inertes, como entulhos e sucatas de ferro.
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