Após morte de dois, Rodovia Transamazônica é fechada a 15 km de Marabá

Moradores exigem que autoridades federais instalem uma lombada e um redutor de velocidade

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O tráfego de veículos ficou paralisado na BR-230, a popular Transamazônica, entre Marabá e São João do Araguaia, na manhã desta segunda-feira (15). Moradores da Vila Ponta de Pedras, localizada às margens da estrada federal, em São João, bloquearam a rodovia utilizando pneus e ateando fogo. Iniciado por volta das 7h, o fechamento causou engarrafamento de mais de dois quilômetros em menos de uma hora.

Um dos moradores da comunidade, Roberto Azevedo explica que há uma estrada vicinal que corta a Transamazônica, com muitos condutores de motocicletas e carros cruzando a rodovia várias vezes ao dia e também à noite. Por conta dos vários acidentes que já ocorreram no perímetro, eles exigem que autoridades federais instalem uma lombada e um redutor de velocidade, já que muitos caminhões e veículos pequenos passam em alta velocidade por ali. “A entrada para nossa vila fica no alto de uma ladeira e muitos veículos não veem o cruzamento dos outros, o que é muito perigoso,” avalia.

As vítimas do mais recente acidente foram Antônio Almeida dos Santos Filho, de 52 anos, e José Raimundo Rodrigues Costa, de 63, que morreram na tarde deste domingo (14) após serem atropelados por um veículo não identificado. “Eles estavam em uma moto e foram brutalmente impactados e tiveram parte do corpo dilacerada,” detalha Azevedo, que disse esperar uma representação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) no local para negociar com os manifestantes.

Ele também lembrou outros dois acidentes ocorridos em menos de uma semana, que também deixaram moradores da Vila Ponta de Pedras feridos. “A gente queria que a prefeitura de nosso município intercedesse por nós, mas até agora nenhuma ação concreta foi tomada,” disse, por telefone.

A Reportagem do Blog tentou falar com a direção do DNIT em Marabá para saber a viabilidade de atender a solicitação dos moradores da referida comunidade, mas até agora não houve resposta.