Brasília – Continua tenso o clima na área da reserva indígena Parakanã, no sudeste do Pará, desde o dia 24 de abril, após homens da Polícia Federal, apoiados pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, terem encontrado, no último sábado (30), os corpos dos caçadores Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara. Desaparecidos após terem entrdado na terra indígena para caçar, eles estavam enterrados em covas rasas, com sinais de violência.
A pedido de procuradores federais, o juiz federal da 1ª Região, Paulo Máximo de Castro, determinou que a Força Nacional permaneça em Novo Repartimento (PA) para evitar conflitos na reserva. Ele e estabeleceu ainmda multa diária de R$ 5.000,00 à União em caso de descumprimento. De acordo com o pedido dos procuradores ao juiz, sem identificar nomes, “ordens superiores” haviam sido dadas para a retirada da Força Nacional da zona de conflito.
As investigações prosseguem para identificar os autores da chacina, após familiares dos caçadores registrarem queixa na delegacia de polícia de Novo Repartimento, dias após o desaparecimento dos três homens.
Como a área é uma reserva indígena, apenas a Polícia Federal pode conduzir as investigações. Para apurar o desaparecimento dos três caçadores, um contingente de aproximadamente 150 homens da Força Nacional, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foi destacados para a área, afim de evitar um conflito. O juiz federal Heitor Moura Gomes destacou o relato de instabilidade feito pela Polícia Rodoviária Federal, agravado por um bloqueio na Roidovia BR-230 – Transamazônica — feito por populares que estavam revoltados.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.