A febre amarela fez mais uma vítima no Pará, aumentando para quatro o número de mortes no Estado, pela doença: duas crianças e dois jovens. A confirmação dos dois últimos óbitos no oeste paraense colocaram não só a região, mas todo o estado, em alerta.
Segundo o governo do Pará, a vacinação contra a febre amarela faz parte do calendário de imunização do Ministério da Saúde e a vacina é encontrada em qualquer unidade de saúde.
Na capital, Belém, existem 60 pontos de imunização. O estado tem quase 310 mil doses de vacina disponíveis.
No Oeste do estado, a Secretaria de Saúde está executando um plano emergencial, com vacinação em massa, combate ao mosquito transmissor da doença e o atendimento e orientação médica para os moradores de Alenquer e Monte Alegre, onde viviam as quatro vítimas.
Moradores de Curuá, Oriximiná e Óbidos também estão recebendo atenção especial por estarem próximos aos municípios com risco de propagação da doença.
A análise clínica dos pacientes foi feita pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará, que também realiza exames em macacos na região.
Mês passado, o Instituto confirmou a morte, em Belém, de um macaco infectado pelo vírus da febre amarela. A morte do animal acendeu o alerta para a transmissão da doença na capital paraense.
Importante ressaltar que os macacos não transmitem a doença, mas assim como os seres humanos, são infectados por mosquitos hospedeiros.
O plano emergencial contra a febre amarela no oeste do Pará prossegue durante esta semana nos municípios de Rurópolis, Óbidos, Oriximiná, Curuá, Alenquer e Monte Alegre, localizados na área endêmica, onde foram registradas mortes de macacos neste ano.
Faz parte desse plano a cessão de um helicóptero do Estado e de um avião do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) para atender eventuais chamadas e urgências. O objetivo é garantir a vacina para as comunidades da zona rural, a fim de combater a febre amarela silvestre, transmitida pelo mosquito Aedes aegipty, o mesmo transmissor da dengue, zika e febre chikungunya.
Além da vacinação, as equipes orientam a população sobre a necessidade de combater o mosquito. Os cuidados são os mesmos tomados na zona urbana, como evitar o acúmulo de água parada. Nas áreas de floresta, no entanto, o desafio é ainda maior. Por isso, além de orientar moradores, os agentes de saúde da Sespa reforçam a preparação dos profissionais dos municípios para enfrentar o problema.