O Campeonato Paraense de 2023 começou cheio de polêmicas. Primeiramente, a bola não rolou na data prevista devido a paralisação determinada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que julgou possíveis irregulares de clubes e atletas. Agora a situação é mais grave. O árbitro Fernando Antônio Mendes de Salles Nascimento Filho foi aliciado e chegou a ser ameaçado de morte, durante uma partida válida pela quinta rodada.
Na ocasião do jogo entre Cametá e Castanhal, realizado no último domingo (5), no Estádio Parque do Bacurau, em Cametá, que terminou empatado em 2 a 2, o árbitro não titubeou e relatou na súmula da partida duas situações criminosas que ocorreram no estádio. Segundo o árbitro, um segurança particular da equipe do Cametá, com o nome de Jota, entrou no vestiário pedindo para que o time da casa fosse ajudado na partida a mando do prefeito cametaense.
“No intervalo da partida, o segurança particular, conhecido como “Jota”, entrou no vestiário da arbitragem, segundo o mesmo a mando do prefeito, pedindo para que eu (o árbitro da partida) ajudasse o Cametá. Imediatamente pedi para que o mesmo se retirasse do local”, afirmou o árbitro Fernando Antônio na súmula da partida.
Na segunda observação de Fernando Antônio colocada na súmula, uma torcida organizada do Cametá teria o ameaçado de morte, tendo como objeto de madeira em suas mãos.
“Relato ainda que após o término do jogo alguns torcedores de uma das torcidas organizadas do clube mandante se dirigiram ao túnel da arbitragem ameaçando os árbitros e o delegado da partida (Flávio Goiano)”, diz o árbitro em mais um trecho da súmula.
A Federação Paraense de Futebol (FPF), o Cametá Sport Club e Victor Cassiano, prefeito de Cametá, se manifestaram em suas redes sociais sobre os relatos de ameaças contra o árbitro da partida.
“A FPF informa que, como padrão, todas as súmulas são encaminhadas ao Tribunal Desportivo – atualmente sob encargo do STJD – para que o mesmo proceda com a devida averiguação dos fatos e condução legal para apuração e conclusão mediante julgamento”, afirma a nota da casa do futebol.
Por Fábio Relvas / Foto: Ascom FPF