O papa Bento XVI nomeou ontem o arcebispo de Brasília, d. João Braz de Aviz, como novo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica – um dos nove principais órgãos, equivalentes a ministérios de governo, da Igreja Católica em Roma.
D. João, de 63 anos, sucederá ao cardeal francês Franc Rodé, 76, que renunciou por ter atingido o limite de idade (75 anos) para permanecer no cargo.
A nomeação de d. João surpreendeu vaticanistas. Discreto e pouco conhecido fora do Brasil, d. João vai comandar a congregação encarregada de controlar todas as ordens religiosas (masculinas e femininas) e institutos seculares, ligados aos Institutos de Vida Consagrada. Também será a autoridade máxima a cuidar do regime, disciplina, estudos, bens, direitos e privilégios de todos os religiosos da Igreja Católica. Na prática, suas decisões vão afetar a rotina de 1,064 milhão de integrantes – padres, freiras e religiosos não sacerdotes – da Igreja em todo o mundo, além de milhares de membros de institutos de vida consagrada, homens e mulheres.
Com a nomeação – que praticamente lhe assegura, num futuro próximo, a promoção a cardeal – , d. João passa a ser o brasileiro a ocupar o mais alto posto da hierarquia da Igreja em Roma atualmente. Apenas três religiosos brasileiros foram nomeados anteriormente para a chefia de uma das congregações romanas: d. Agnelo Rossi (Congregação para Evangelização dos Povos, 1970-1984), d. Lucas Moreira Neves (Congregação para os Bispos, 1998-2000) e d. Cláudio Hummes (Congregação para o Clero, 2006-2010).
Fonte: Estadão
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