Arrecadação da Prefeitura de Marabá aumenta 6,5% em janeiro

Crescimento real da receita líquida da Capital do Cobre foi maior até que inflação de 2024. Entre os destaques do primeiro mês do ano estão a disparada do Fundeb, que cresceu 30%, e a explosão dos royalties de mineração, que dobraram o recolhimento em relação ao mesmo período do ano passado

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O prefeito Toni Cunha pode reclamar de tudo, menos de uma coisa: dinheiro no caixa da Prefeitura de Marabá. Enquanto nas vizinhas Parauapebas e Canaã dos Carajás a receita de janeiro estagnou — e até caiu no comparativo com o mesmo período do ano passado —, em Marabá a situação financeira vai muito bem, obrigado: a receita líquida disparou 6,58% no primeiro mês do ano. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.

Os dados preliminares, ainda sem ajustes contábeis, revelam que a arrecadação já livre de deduções foi de aproximadamente R$ 143,51 milhões em janeiro de 2025 ante R$ 134,65 milhões no mês correspondente de 2024. O crescimento nominal foi de R$ 8,85 milhões, sendo que o “ganho real” da receita após a inflação foi de R$ 2,35 milhões.

Entre as diversas fontes de arrecadação da Prefeitura de Marabá, os grandes destaques ficaram por conta do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), que avançaram de forma exponencial.

O Fundeb de janeiro para Marabá foi histórico, no valor de R$ 54,85 milhões, 30,2% acima do valor recebido no mesmo período de 2024, quando ingressaram nos cofres municipais R$ 42,12 milhões. São, ao todo, R$ 12,73 milhões a mais que culminaram em um montante suficiente para quitar duas folhas de pagamento do magistério público municipal, caso o prefeito assim quisesse fazê-lo.

Sobre a Cfem, popularmente conhecida como royalty de mineração, sem comentários: o recolhimento da compensação subiu 103% de um ano para outro, passando de R$ 9,2 milhões em janeiro de 2024 para R$ 18,7 milhões no primeiro ano de 2025. Nenhum lugar do Brasil viu esse tipo de receita crescer de forma magistral neste início de ano como Marabá.

Outras “fontes de renda”

Todas as cinco maiores receitas de Marabá — que incluem, além do Funded e da Cfem, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) — registraram crescimento em janeiro.

O ICMS cresceu 6% no comparativo com o primeiro mês do ano passado, passando de R$ 23,92 milhões para R$ 25,37 milhões. O cerca de R$ 1,5 milhão a mais pode parecer pouca coisa, mas é melhor que a situação enfrentada por Parauapebas e Canaã dos Carajás, onde o ICMS recuou de maneira drásticas em razão de uma manobra do Governo do Estado, que derrubou a cota-parte do imposto para esses municípios, mas que já foi declarada inconstitucional.

O FPM também prosperou, na ordem de 8,8%. Receita importante na maior parte dos municípios brasileiros para pagar folha, o FPM de Marabá saltou de R$ 11,99 milhões em 2024 para R$ 13,05 milhões em 2025, também com incremento milionário.

Já o ISS apresentou o crescimento nominal mais tímido da turma, avançando 3,1%. Foram recolhidos R$ 19,66 milhões este ano frente a R$ 19,07 milhões ano passado, configurando aumento real abaixo do da inflação de 2024. Ainda assim, em termos nominais, a receita do imposto subiu e deve ser incrementada no verão, melhor época para implantação de obras que geram serviços de qualquer natureza.

RECEITA LÍQUIDA EM 2025

Arrecadação — R$ 143.507.379,46 (↑ 6,58%)

Fundeb — R$ 54.848.642,00 (↑ 30,23%)

ICMS — R$ 25.368.309,16 (↑ 6,03%)

Cfem — R$ 18.701.182,41 (↑ 103,30%)

ISS — R$ 19.659.348,78 (↑ 3,12%)

FPM — R$ 13.045.554,48 (↑ 8,78%)

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RECEITA LÍQUIDA EM 2024

Arrecadação — R$ 134.652.770,56

Fundeb — R$ 42.117.057,01

ICMS — R$ 23.924.883,85

Cfem — R$ 9.198.920,54

ISS — R$ 19.065.378,75

FPM — R$ 11.992.485,29

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