Por Lima Rodrigues
Artistas, poetas, representantes de entidades culturais e da sociedade civil organizada e produtores culturais se reuniram durante o sábado(21) e o domingo (22) no auditório da Câmara de Vereadores para participar do Fórum Parauapebas de Cultura – Construindo novos Eixos. Uma das principais decisões tomadas foi a de que os artistas vão realizar um fórum quase que permanente para debater a cultura da cidade todo mês ou no máximo de dois em dois meses. O encontro contou com a participação do secretário de Cultura do município, Afonso Camargo, e do presidente do Conselho Municipal de Cultura, Vicente Reis.
Foi elaborada uma Carta Aberta dos Movimentos Culturais de Parauapebas, ou seja, um “manifesto popular sobre as propostas de políticas públicas que deverão ser adotadas pelos poderes Executivo e Legislativo municipal, como instrumento de desenvolvimento cultural local”.
O manifesto aborda a atual situação dos movimentos culturais da cidade, seus avanços e entraves e propõe a construção de novos eixos, tais como: Estudo sobre o Diagnóstico Municipal da Cultura; Plano Municipal de Cultura; Lei de Incentivo da Cultura; Fundo Municipal de Cultura; Editais e Gestão Cultural.
O encontro, que terminou nesse domingo, foi aberto na manhã de sábado com manifestações culturais e depois com a realização do debate sobre “Gestão Cultural: redes sociais e ações colaborativas – Nós na Rede”. Os facilitadores foram Ivan Oliveira, do Coletivo Cultural Labirinto; Elisvan Smith, do Fazendo Amanhã Melhor (FAM), e Maicon Meirelles, da Paracine.
O objetivo foi “discutir sobre a gestão cultural de grupos e entidades em Parauapebas, no que tange a utilização das redes sociais para articulação, mobilização e divulgações das ações culturais no município e propor a criação de uma rede colaborativa entre os grupos e entidades para o fortalecimento das manifestações culturais”.
Foram debatidos ainda outros temas como, por exemplo, “Economia da Cultura: empreendimento cultural – o que é? Como Funciona?”, com a participação de Raimundo Nonato, gerente do Sebrae; Beto Di Mayo, músico e empreendedor individual. E ainda “Patrimônio Cultural: diagnóstico municipal da cultura – quem Somos?”, com Rebeca Valquíria, professora de Geografia da UFPA; Mauro, da Liajup, e Ivan Oliveira, do Coletivo Cultural Labirinto. A meta dessa mesa redonda foi discutir e levantar questões sobre possível estudo do mapeamento cultural do município: principais eventos; banco de dados sobre produtores; entidade e manifestações culturais; potencial cultural da cidade; áreas de atuação da cultura; espaços culturais e outros.
Outros temas abordados foram: “Cultura e Cidadania: cidade e inclusão sócio cultural – nosso papel- com Eduardo Salazar, CMJ, e Josberto Girão (AGAM); Políticas Públicas para Cultura: plano municipal de cultura, lei de incentivo, Secult/Conselho/Fundo Municipal de Cultura – para onde Vai?”.
A Carta Aberta dos Movimentos Culturais de Parauapebas será entregue aos poderes Executivo e Legislativo; Conselho Municipal de Cultural e Associação de Imprensa e Comunicação de Parauapebas (AICOP).
O evento, promovido pelo Coletivo Cultural Labirinto, contou com o apoio da Vale e da Câmara Municipal de Parauapebas.