Mariana Salles, ex-funcionária da ASCOM Parauapebas envia comentário que segue:
“Caro Zé Dudu,
Durante todo o ano de 2009, fui coordenadora da Ascom – Parauapebas e, por isso, sinto-me na obrigação de defender tal assessoria – que desenvolve um excelente trabalho, visto às condições que existem para a realização do mesmo.
O corpo de trabalho é formado pelos melhores profissionais de comunicação da cidade, mas é reduzido, se olharmos o tamanho da prefeitura. Cinco jornalistas (de verdade, com formação ou registro da categoria) são responsáveis pela cobertura de todas as secretarias. A criação, composta de dois designers, uma produtora, um redator e um fotógrafo, desenvolveu, no ano em que estive lá, toda a publicidade, uma vez que não havia contrato (que estipula o valor de R$ 2.900.000,00 anuais) de nenhuma agência para realizá-lo. Isto é, poucas pessoas, pouco dinheiro.
Mesmo assim, campanhas como “Barulho não!”, das formigas (21 anos de Parauapebas) e Maspp se mostraram muito superiores à dos outros anos, mostrando a capacidade dos profissionais. A Ascom também é responsável pela revista InterAÇÃO, com conteúdo não só institucional, mas formador de opinião e educativo, além do belo layout. A Ascom também é responsável pelo citado “Alô Cidadão” e “Café com Prefeito”, além de vt’s, spots e outros trabalhos relacionados à comunicação.
No comando disto tudo, está Alexandre Magno, talvez o único petista que ainda está no comando de algum setor relevante da prefeitura.
O volume de ações e projetos a serem divulgados, apesar de muito aquém das necessidades locais, é grande. As demandas chegam de um dia para o outro, sem respeitar prazos, sendo executadas de forma rápida e pouco estudada.
Acredito que a Ascom ainda tenha muito o que melhorar, principalmente por se tratar da principal voz do governo. Mas também acredito que este problema com a comunicação esteja ligado as demais secretarias, na representação de seus secretários, que não colaboram com a assessoria. Eles enxergam cada secretaria, departamento e coordenadoria como um órgão isolado – e uma janela política para seu eleitorado. Eles não respeitam a unificação do discurso e parecem não compreender que qualquer feito é uma realização da prefeitura para o povo, e não para beneficiamento da própria imagem. E, para isso, usam uma comunicação que não passa pela Ascom, afinal, “todo mundo entende” de comunicação, não é mesmo?
A Prefeitura Municipal de Parauapebas tem, com certeza, muitas falhas a serem apontados – tais quais eu perderia meu dia escrevendo aqui. Fico constrangida em saber que a população pouco cobra, assim como fico feliz em saber que existem pessoas, como você, que exercem seu direito de liberdade de expressão pelo bem da cidade – e espero que isso não seja mais uma atitude “politiqueira”. Mas, com tantos defeitos graves para serem apontados, será mesmo que o erro de um endereço merece tanto destaque?
Agradeço pelo espaço.”
Nota do Blogger: O espaço aqui sempre esteve e sempre estará aberto para o diálogo. Permita-me discordar, mas, o erro na informação do endereço é sim um fato importante. Não para mim ou para você que temos carro próprio, mas para aqueles que usam o transporte alternativo, muitas vezes caro em nosso município. Já imaginou o paciente, que com dificuldade se desloca la das Casas Populares, desce na Praça com o objetivo de ir à Clinica na Rua C e lá chegando recebe a informação de que a referida clínica agora está no Bairro da Paz? Pense, mais um trecho de pé até chegar ao ponto de vans e outra despesa, desnecessária se a ASCOM informasse de forma correta o endereço. Por isso acho sim que a postagem é de interesse da população e sua publicação foi correta.
Agradeço as informações e novamente coloco este espaço à disposição da ASCOM para veicular matérias de interesse da população. Acho difícil a função exercida pelo Alexandre, já que você o citou, mas também acredito que o serviço, mesmo com o empecilho causado por alguns secretários, poderia ser mais informativo, não digo nem de melhor qualidade, mas, informativo.
9 comentários em “As dificuldades da ASCOM Parauapebas”
lembra do secretario do chico das cortinas, francisco rumao batista junior, da bel beto cachaceiro e noiado, do darci marcel claudio feitosa e alexandre….quem vai ser o preoximo a entrar nas garras do ze dudu…..
aos que não se acham “jornalistas”,mas tem conhecimento, experiência e prática,afinal nem sempre um diploma trás esse “know-how”. jornalismo é trabalhar com dados factuais e divulgação de informações,porque o que é noticia só é noticia porque tem algum potencial de transformar a realidade.então o jornalismo não lida com o efêmero,o jornalismo lida com a transformação.alguns sabem o que é poucos sabem conceituar,como diria Carlos Chaparro.”botai zé”!!!
O problema da ASCOM, meu caro Zé, é que não tem uma gestão séria, que fassa um planejamento para a comunicação do governo. O Alexandre, por exemplo, a principal ação deste moço a frente daquele órgão foi fraudar notas e desviar recursos de lá. Ou será que ninguém viu que ele pagou uma nota no valor de R$ 70.000,00 (isso mesmo, setenta mil reais), para a rádio a Cabo Carajás do Vicente da Umespa. Cá entre nós, como que uma rede sonora de postes de rua prestou um serviço neste valor? isso a gente não sabe. Mas, sabemos pra onde foi o dinheiro, com sua parte o Vicente conprou um saveiro 0km de última geração. Quantas outras notas e parceiros do Alexandre existem pelos corredores da comunidação deste governo? Eu acho que tudo tem limite, é como diz um velho e sábio amigo, “tudo que é de mais é muito”.
Comunicação institucional é agir no coletivo, uma via de mão de dupla em que todos os departamentos e setores da instituição devem estar em sintonia. Para isso, é preciso valorizar a comunicação interna, dando espaço para que flua de cima para baixo, ou seja, dos diretores para os funcionários, entre todos os setores e que haja um feedback a partir destes elementos. Assim, temos uma comunicação forte e eficiente.
Esta comunicação está longe da realidade da Prefeitura de Parauapebas, preocupando-me até que ponto chegamos. Não há um alinhamento, muita gente virou porta voz do Governo numa espécie de salve-se quem puder, ou de vaidade.
O resultado disto está ai, é secretário de Saúde, médico, ex-funcionários da Ascom e etc, enviando respostas a questionamentos feitos por este Blog. Portanto, tudo errado.
Se tivesse uma comunicação interna eficiente na PMP, não teríamos tantos problemas e desta forma, consolidaríamos uma excelente comunicação externa, sem ruídos. Portanto, a Ascom teria mais facilidade para exercer seu papel como porta voz do Governo, sem intermediários. Assim, a imprensa e a comunidade seriam melhor informados.
A clinica mandou oficio falando do erro, mas ninguem deu importancia
Zé,
Esta moça acha que:Cinco jornalistas (de verdade, com formação ou registro da categoria) são responsáveis pela cobertura de todas as secretarias. A criação, composta de dois designers, uma produtora, um redator e um fotógrafo. É pouca gente ela quer trabalhar com quantas pessoas?
Desculpem, mas a ASCOM tem sim, muitos problemas, mas um de seus principais é a quantidade de gente interessada em ocupar aquele cargo ou ter influência na indicação do mesmo para benefício próprio. Já trabalhei lá e sei que falta muito para que ela tenha excelência na prestação do serviço.. mas é como citou a Marianna. As secretarias sao as primeiras a dificultarem as ações da ASCOM, não respeitando os prazos de entrega de materiais. Quanto ao episódio do endereço errado (eita, furdunço!); me parece muito mais uma falha do órgao responsável pela clínica, do que da ASCOM, pois sinceramente, o que a ASCOM deve fazer? Ligar TODOS OS DIAS para todos os órgãos para saber se eles ainda estão lá?? Qualquer mudança dentro de uma instituição, deve ser amplamente divulgada e isso deveria ser uma preocupação de quem administra a clínica e não da ASCOM, que apenas cria e divulga material jornalístico, institucional e publicitário.
Antes de tudo, queria dizer trabalhei na ASCOM junto com Mariana Salles, Leidiane Marques e Pablo Miranda durante o tempo de execução de todos os trabalhos citados acima no ano de 2009 na área de design e impressos.
Na minha opinião concordo em todos os sentidos com a posição da Mariana e ainda ressalto a importância dos meios de comunicação da cidade para o fortalecimento de uma democracia transparente e atuante, tanto na área social quanto na política.
Deixa que premissas de apoio partidário ou de chefes de outras secretárias sejam os únicos motivos que façam os meios de comunicação criticarem uma única secretaria, faz-se entender que há sim algum motivo pertinente e anti democrático para tal “abuso”.
O que isso tem haver com o texto acima? Tudo. Explicarei.
Não acho justo ter trabalhado por tantos meses nesta secretária e de nenhuma forma ter visto repercussões positivas dos trabalhos que desenvolvemos durante todo o ano em nenhum meio de comunicação. Somente críticas e mais críticas.
Fizemos campanhas a nível de qualidade estadual, se não nacional, com alto poder de repercussão e curiosidade entre a população durante meses e não vi nenhum artigo ou resenha falando ou citando o impacto ou apelo causado nos meios de comunicação (Há não ser uma “crítica” do Marcell no seu jornal).
O aniversário de 21 anos da cidade foi um exemplo. Quem não teve seus minutos de duvidas quando viu outdoor fora do tradicional nas vias principais da cidade, até descobrirem do que se tratava?
Gostaria muito que a IMPARCIALIDADE fosse realmente o forte da comunicação de Parauapebas. Que todas as mudanças, não só na ASCOM quanto nas outras secretárias fossem repercutidas de maneiras positivas e entusiasmadas, sem deboches ou criticas destrutivas.
Assim como você sou profissional no que faço e gosto de ser reconhecido positivamente por mudanças na comunicação escrita, impressa ou falada para o bem da população.
Agradeço o espaço.
“todo mundo acha que é jornalista. Ou porque quer contar uma novidade, dar uma notícia. Jornalismo não é só contar histórias, como pensam alguns. Jornalismo é coisa séria. Jornalismo é montar um cenário da notícia que se quer dar, com início, meio e fim e finaliza-se voltando com as informações dadas no início”. Mas, isso é reflexo de uma profissão que não se institucionalizou.