A revisão da habilitação na Categoria A, maior fiscalização e educação são as propostas da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) para reduzir acidentes com motos nas regiões Norte e Nordeste.
As providências foram apresentadas pelo diretor-executivo da entidade, José Eduardo Gonçalves, no 16° Congresso Norte e Nordeste de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Pará (SBOT-PA), nessa sexta-feira (17), em Belém (PA).
As medidas constam do projeto ‘Causas Reais de Acidentes com Motociclistas’, um estudo científico realizado pela Abraciclo em parceria com o Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
O estudo envolveu 32 mil motociclistas em Manaus, Recife, Brasília, São Paulo, Santos (SP) e região do ABC Paulista.
“É preciso observar que a frota de motocicletas é maior que o número de motociclistas habilitados em praticamente todos os Estados das Regiões Norte e Nordeste, demonstram os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)”, diz Eduardo Gonçalves.
“Além disso, nas duas regiões é flagrante a pilotagem das motocicletas por condutores sem o uso dos equipamentos básicos de segurança e com comportamento irregular diante das normas e regras de trânsito”, observa Gonçalves.
De acordo com o diretor da Abraciclo, a ocorrência de acidentes envolvendo motociclistas, no entanto, não é algo específico destas duas regiões do País, já que representa uma questão nacional que exige providências amplas.
“É muito importante que busquemos ações consistentes e integradas para obter a redução destes acidentes, preservando a segurança dos motociclistas. É neste sentido que a Abraciclo já propôs a melhoria imediata e o maior rigor no processo de habilitação da categoria ‘A’ (motociclistas), somados à intensificação da fiscalização de trânsito”, declarou.
Estas ações de curto prazo, no entendimento da Abraciclo, devem ser complementadas com um amplo e consistente trabalho de educação no trânsito, desenvolvido continuamente e a longo prazo, já que é fundamental para a criação de uma cultura nacional de redução dos acidentes no trânsito, baseada no conhecimento e prática dos procedimentos de prevenção”, disse o executivo.
Eduardo Gonçalves conclui que as mais variadas áreas da sociedade brasileira podem e devem promover ações integradas para a conscientização e educação no trânsito, envolvendo os atuais e os futuros condutores de veículos.
“O poder público, escolas e empresas podem ajudar na disseminação de prática e condutas mais corretas e positivas, que definitivamente estabeleçam a paz no trânsito”, disse. (D24AM)