Atleta de Curionópolis conquista medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris

A paraense Fernanda Yara subiu no lugar mais alto do pódio nos 400 metros da classe T47
Fernanda Yara é ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris (Foto: Marcello Zambrana/CPB)

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O Brasil vem se destacando nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e tem paraense subindo no lugar mais alto do pódio. Neste sábado (31), a atleta Fernanda Yara, de 38 anos, natural da cidade de Curionópolis, sudeste do Pará, fez história na França ao conquistar sua primeira medalha de ouro nas Paralimpíadas e com recorde pessoal. Fernanda cruzou a linha de chegada na prova dos 400 metros da classe T47, com o tempo de 56s74.

A paraense teve que superar uma forte adversária e favorita, a venezuelana Lisbeli Vera Andrade, que ficou em segundo lugar, levando a medalha de prata, mas perdendo a corrida com apenas 0,04s de diferença. O Brasil fez dobradinha no pódio com Maria Clara Augusto terminando a prova na terceira posição, faturando a medalha de bronze com o tempo de 57s20.

“A venezuelana é forte, então eu sabia que ela ia fazer os primeiros 300 metros muito fortes. Então, eu fiz a minha corrida e, no momento de atacar, eu ataquei, mas ela teve reação e veio atrás; eu estava procurando a câmera para vir junto, quando eu vi a câmera, eu vi um vulto, quando eu vi o vulto eu fui embora, e quando eu cheguei eu botei o peito assim para a frente,” declarou Fernanda Yara.

A atleta paraense disputa os Jogos Paralímpicos pela terceira vez na carreira, com participações em Pequim (2008) e Tóquio (2021). No Japão, Fernanda quase subiu ao pódio, mas levou a quarta colocação em sua categoria. Não desistindo de bons resultados, reencontrou seus melhores tempos e chegou ao bicampeonato mundial nos 400m em Paris (2023) e Kobe (2024). A representante do Pará tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo.

Além de Fernanda Yara, outro atleta do sudeste paraense vai competir em Paris. Trata-se de Thiego Marques, de 25 anos, judoca de Parauapebas, que tem baixa visão por conta do albinismo. Thiego foi descoberto no projeto Judô Solidário, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) e vai subir no tatame na quinta-feira (5), às 5h, no horário de Brasília.

Por Fábio Relvas

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