Ave desaparecida há 40 anos é encontrada por pesquisadores no Pará

Espécie foi localizada em excursão de pesquisadores que contou com a ajuda de indígenas Gavião Parkatejê
Ave desaparecida há 40 anos é encontrada no Pará Crédito: Leonardo Victor Soares Pinheiro/Agência Brasil

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Pesquisadores encontraram uma ave desaparecida há 40 anos na Terra Indígena Mãe Maria, no Pará. O animal é o mutum-pinima, espécie que é considerada criticamente ameaçada de extinção. Líder da equipe de pesquisadores, o ornitólogo Gustavo Gonsioroski afirma que a equipe observou e gravou a ave por mais de dez minutos e que o momento foi de “muita felicidade”.

Ave desaparecida há 40 anos: como foi encontrada?

Os pesquisadores, que fazem parte do projeto “Pró-Espécies: Todos contra a extinção”, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), contaram com a ajuda de indígenas Gavião Parkatejê para a descoberta.

Além disso, tecnologia avançada foi usada, como gravadores de áudio e câmeras trap. Gonsioroski comemorou o marco para a conservação e valorizou a parceria entre pesquisadores, povos indígenas e o uso da tecnologia.

O que é o mutum-pinima, desaparecido há 40 anos?

Medindo cerca de 83 centímetros e pesando em média 2,7 quilogramas, o mutum-pinima é um animal sedentário e que baseia sua alimentação em frutos e sementes.

O macho é preto com a região da barriga branca, enquanto a fêmea tem plumagem preta com listras brancas, cabeça e pescoço preto e peito, canela e barriga bege.

A espécie desempenha um papel ecológico fundamental, atuando como um agente natural no plantio de açaí na região amazônica. Mas convive com a destruição do seu habitat e a caça cultural.

O que está sendo feito para preservar a ave em extinção?

A equipe de pesquisadores liderada por Gustavo Gonsioroski planeja continuar a busca pela ave e a coleta de dados no mês de dezembro. Os cientistas buscam entender melhor a espécie, como seu comportamento e as necessidades para garantir a preservação.

Os ornitólogos visam não apenas preservar a espécie, mas também manter o elo entre a natureza e a vida humana na Amazônia.

Fonte: OPovo

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