Uma tragédia cobriu de luto e revolta o PA (Projeto de Assentamento) Raylander, a 60 km do centro de Parauapebas, por volta das 23h de ontem, domingo (4). Alegando desentendimento durante a cobrança de uma dívida de R$ 50,00, Emivaldo Costa, conhecido como “Negão” matou com duas facadas, uma nas costas e outra na costela, o bebê Alisson Andrade Silva, de um ano e seis meses, e ainda esfaqueou o pai da criança, Antonisio Moreira Silva, que se encontra internado no Hospital Municipal.
Segundo a mãe da criança, Leninha Andrade Silva, a criança estava dormindo em um colchão quando a confusão começou. Ela relata que estava na casa de um vizinho quando Negão chegou e começou a discutir com o marido dela, Antonisio. Ao ouvir a discussão, ela entrou em casa e os dois homens já haviam passado do bate-boca à luta corporal, momento em que ela tentou apartá-los.
Porém, ainda segundo Leninha Silva, no meio da confusão, Negão também a segurou pelo braço e pegou uma faca. Nesse momento, ela desferiu um soco no agressor e consegui se desvencilhar dele.
Sem que o casal conseguisse conter Negão, ele apanhou a criança, que estava dormindo, e disse que ali tinha um refém. O pai, desesperado, tentou tirar o bebê das mãos do agressor, que esfaqueou a criança, jogando-a no chão. Em seguida, meteu a faca também em Antonisio. Desesperada e com medo de ser assassinada, Leninha gritou por socorro.
Vizinhos correram para ajudá-la e ainda conseguiram esfaquear e atirar em Negão, que correu para não ser linchado, mas foi preso no Hospital Municipal, onde também buscou socorro. Ele chegou esfaqueado no ombro direito e com três caroços de chumbo no abdômen.
Eitânio Melo Moreira, vizinho do casal, que prestou socorro à família atacada, colocou o pai e a criança no carro e os levou até o hospital, na tentativa de salvar a bebê, mas não conseguiu. Muito chocado, ele afirma que não está conseguindo dormir ou raciocinar direito diante de tudo o que presenciou.
Leninha contou ainda que, Negão, em meio à confusão, disse que estava disposto a matar a todos da família, afirmando que tinha R$ 1.000,00 guardados para fugir. Ameaçou, ainda, segundo ela, voltar e matar o casal e outras crianças daquela comunidade, assim que sair da prisão.
(Caetano Silva)