O Banco da Amazônia S.A. (Basa) pretende aumentar em 2020 o volume de negócios nas regiões sul e sudeste do Estado. No ano passado, houve um crescimento de 73% no montante de crédito aplicado na região, chegando à cifra de R$ 1 bilhão, dos R$ 2,6 bilhões investidos em todo o Pará. Para este ano, a instituição financeira tenciona ampliar esse volume para R$ 1,5 bilhão nesta região.
O anúncio foi feito no final da tarde desta quarta-feira (12), pelo presidente do banco, Valdecir José de Souza Tose, em coletiva concedida aos meios de Comunicação locais, na sede da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), onde teve encontro com a classe empresarial. Nesta quinta-feira (13) ele se reúne com o superintendente-regional Vanderlei José Oliveira Santos e gerentes da região.
“Esta é uma região que eu considero a mais pujante do Estado do Pará e com maior potencial de crescimento e agregação de valor e de renda para a população”, argumentou ele, para justificar o aumento do volume de investimentos.
No Pará, em 2019, a previsão de investimento era de R$ 2,7 bilhões, foram aplicados R$ 2,6 bilhões. Para o sul e sudeste do Estado a meta era de pouco menos de R$ 1 bilhão e foi atingida, chegando a R$ 1 bilhão. “Ou seja, gente tem nesta região um potencial muito grande, tanto que está aumentando a previsão no Estado para R$ 2,8 bilhões e para esta região, R$ 1,5 bilhão. Porque aqui nós vemos mais oportunidades do que em outras regiões do Estado, principalmente no agronegócio, no setor comercial, que dá alicerce, tem relação muito próxima com o agronegócio”.
Indagado sobre a relação do banco com o microempreendedor, Valdecir Tose, disse que, diferentemente do mercado financeiro de modo geral, que rejeita a microempresa pelo risco dos negócios envolvidos, o Basa, por ser uma instituição financeira de fomento, de desenvolvimento, preza muito por essa relação.
“Nós estamos planejando, até o final deste ano e início de 2021, ter um aplicativo de crédito para micro e pequenas empresas. Para que nem precisem ir ao banco. Possam fazer o seu cadastro, sua conta, abrir o crédito já pelo aplicativo no site do banco”, antecipa.
Segundo ele, hoje o microempresário já pode simular uma operação, usando um aplicativo, no site do banco, em que é possível, inclusive, agendar uma visita. A ferramenta já está disponível no site do banco e no aplicativo. É o Simulador FNO. “Então, o banco preza muito por esse segmento e quer trabalhar muito fortemente, porque é o segmento que hoje gera emprego, que gera renda, que gera condições melhores”, reafirma.
O presidente do Basa falou ainda do Programa “Amazônia Florescer”, destinado ao microempreendedor informal, como o vendedor de roupas, o vendedor de frutas, o pequeno comerciante da esquina: “Esse programa insere essa população no mercado bancário. Só no ano passado nós aplicamos R$ 100 milhões na Amazônia, com ele. E, aqui em Marabá, nós temos o Amazônia Florescer, para essa população que às vezes nem consegue abrir conta, imagine ter crédito muito mais barato do que o mercado oferece para esse segmento”, propaga.
Acerca da modernização do Basa, Valdecir Tose disse que o banco tem investido maciçamente em tecnologia, mas é uma instituição de 77 anos que teve um problema muito sério no passado, com um fornecedor anterior, que ainda hoje está sendo resolvido judicialmente e, em razão disso, paralisou esse setor.
“Agora estamos avançando. Quem tem conta no banco hoje faz todo tipo de operação via mobile. Aquele que quer simular um FNO [financiamento pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte] tem um aplicativo. Então, nós estamos tentando entrar, nesse momento, no processo digital e começamos justamente pelo varejo”, afirma.
Após a coletiva, na reunião com os empresários, Tose apresentou os números aplicados em 2019, tanto no setor industrial e comercial quanto no agronegócio na região, mostrou os números do banco, falou dos desafios para 2020 na aplicação do FNO e das
das perspectivas do mercado e economia neste ano. O presidente do Basa também respondeu a questionamentos dos empresários locais e apresentou sugestões de investimentos.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Raimundo Nonato Araújo Júnior, é sempre satisfatório para a classe produtiva local ter a aproximação do Basa e também de outras instituições financeiras.
Ele destaca que é a primeira vez que a Acim recebe o presidente do Banco da Amazônia e afirma que, esse movimento de aproximação, “vem em justamente em linha com a busca de impulsionamento que a entidade faz com seus associados e com o setor produtivo do comércio, da indústria e dos serviços, para este que possa olhar mais para o mercado com o deseja de incrementar mais o seu negócio”.
Hoje, Valdecir Tose mantém reunião com gestores do Basa em toda a região, onde o banco mantém 17 agências atendendo a mais de 40 municípios, Valdecir Tose faz uma avaliação da atuação em 2019 e anuncia investimentos nas estruturas físicas da agência e Superintendência de Marabá.
Por Eleuterio Gomes – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Marabá