Belém é 4º do Brasil que mais abriu postos de trabalho formais em 2018

Levantamento inédito do Blog cruzou dados do Caged e da Rais para revelar quem, de fato, encerrou o ano com empregos fixos efetivamente criados. Goiânia, por exemplo, tido como 8º melhor no Caged, ficou como 3º pior do país nos números finais do Ministério da Economia.

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Mesmo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) querendo queimar o filme da capital paraense, quando o assunto é emprego formal, Belém nunca antes esteve tão bem na foto em se tratando de criação de oportunidades. E quem diz é a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), um cadastro bem mais completo que o Caged. Ambos são geridos pelo Ministério da Economia.

Os números conclusivos das contratações de 2018, divulgados no final da semana passada, revelam que a capital do Pará foi, entre os 5.570 municípios brasileiros, o 4º que mais empregou. Exatos 11.054 novos trabalhadores foram admitidos, seja por regime celetista (como nas empresas privadas), seja por regime estatutário (como no serviço público).

O Blog do Zé Dudu cruzou dados finais da Rais e do Caged de 2018 para analisar a dinâmica que coloca Belém no topo nacional e constatou que, se dependesse apenas do Caged, a capital estaria entre as que menos geram emprego no país, já que o saldo das contratações por carteira assinada computadas pelo Caged foi de apenas 129 admissões. Ocorre, porém, que o Caged despreza as contratações no setor público efetuadas por regime jurídico próprio, daí a discrepância no resultado final.

Muitos concursos públicos realizados na capital e com lotação para lá deram um “up” no mercado de trabalho formal e roubaram a cena. Belém, como há muito tempo não se via, ultrapassou Goiânia como a meca de postos de trabalho em 2018. O Blog do Zé Dudu puxou a ficha da capital de Goiás e concluiu que, embora o Caged tenha enfiado Goiânia na 8ª posição nacional em 2018, com 6.504 empregos criados com carteira assinada, aquela capital terminou o ano passado, na verdade, como o 3º município brasileiro que mais desempregou. Segundo a Rais, Goiânia teve retração de 10.884 trabalhadores. E tem mais: a média de remuneração do trabalhador de Belém, de R$ 3.562,92, já é superior à média de Goiânia, de R$ 3.336,54.

Enquanto o Caged registrou 15.286 novos postos de trabalho criados no estado em 2018, a Rais totalizou 16.728. Além de Belém, o município de Barcarena se destacou tanto no estado (2º) quanto nacionalmente (18º), com 4.390 novos trabalhadores adicionados, segundo a Rais — no entanto, pelo Caged seriam apenas 2.611.

O Blog do Zé Dudu organizou e compilou, de forma inédita, os dados dos saldos finais registrados pelo Caged e pela Rais para todos os municípios paraenses, a fim de mostrar o disparate entre ambos os cadastros administrativos. Ressalte-se que o Caged, embora de periodicidade mensal e comumente utilizado para mapear empregos por localidade, não tem a abrangência da Rais.

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