Em 2019, o Pará teve o melhor novembro da década, levando-se em conta a criação de postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, 3.123 trabalhadores conseguiram se engajar no mercado e adicionaram R$ 8,68 milhões em massa salarial. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que mergulhou nos dados do mais recente Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano liberados na tarde de ontem (19) pelo Ministério da Economia.
A boa performance do estado, desta vez, se deve em grande parte à capital paraense, Belém, que abriu 1.034 vagas líquidas. Belém surfou na onda das contratações de fim de ano e viu os setores comercial e de serviços em franco aquecimento. No acumulado de 11 meses, de janeiro a novembro, a metrópole gerou 2.223 empregos com carteira assinada no setor de serviços e outros 618 no comércio. O resultado só não foi ainda mais brilhante porque a construção civil, com 1.700 demissões, puxou para baixo o desenvolvimento da capital.
Santarém foi, em novembro, o segundo município que mais brilhou nas estatísticas do Caged no Pará. Com saldo líquido de 546 postos de trabalho, o principal município do oeste do estado também vem se consolidado entre os 100 maiores polos de emprego do país. De janeiro a novembro, Santarém se destacou na abertura de trabalho no comércio, 603 vagas; serviços, 586; e construção civil, 486.
No terceiro lugar vem Ananindeua, com 480 novos vínculos formais processados no mês passado. O segundo mais populoso município do Pará e que divide parede com a capital também entrou para o seleto pelotão das 100 mecas de oportunidade no Brasil, em cujo meio têm lugar cativo Parauapebas e Marabá. Ananindeua triunfou este ano embalado no comércio, que abriu impressionantes 1.128 postos, um recorde ao longo de 2019. Hoje, dos 5.570 municípios do país, Ananindeua é o 13º com comércio mais próspero, revela o Ministério da Economia.
Parauapebas, Canaã e Marabá
A “Capital Nacional do Minério de Ferro” cravou 242 novos postos de trabalho em novembro, resultado considerável, porém início de desaceleração em razão da conclusão de obras civis, como o Blog já havia reportado que ocorreria. Os setores de construção civil, que gerou 3.061 empregos formais este ano e tornou Parauapebas o 7º onde mais se constrói no país, e o de serviços, que empregou 2.043 pessoas, já dão sinais de saturação, embora ainda continuem positivos.
Por seu turno, a “Terra Prometida” gerou 233 empregos celetistas, surfando na onda da indústria extrativa mineral que, este ano, abriu 454 postos de trabalho, elevando Canaã dos Carajás ao status de segundo município do país em absorção de mão de obra da extração de recursos minerais, atrás apenas de Congonhas (MG). Além disso, Canaã também criou vagas no setor de serviços, com 351 admissões entre janeiro e novembro.
Já a “Capital Nacional do Cobre” registrou a adição de 208 postos líquidos de trabalho no mês passado, mas os setores que, ao longo do ano, mais fizeram Marabá feliz foram a construção civil, com 1.792 empregos; serviços, com 369; e a indústria mineral, com 298. Inclusive, a indústria mineral tornou o município o 5º que mais emprega no país no setor.
Além desses municípios, que são os cinco mais populosos do estado, em novembro também se destacaram Oriximiná, com 191 empregos de carteira assinada, e Benevides, com 155. No extremo oposto, Vitória do Xingu, com saldo negativo de 163 postos, e Castanhal, com retração de 114, apresentaram o pior resultado no mês.