O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,91% em dezembro e fechou o ano de 2020 com aumento de 2,97% em Belém, a capital do Pará. No acumulado do ano o resultado chegou a 4,15% e é o maior desde 2016 (7,12%). Em 2019, o acumulado do IPCA-15 foi de 1,72%. Os dados, divulgados na terça-feira (22) pelo IBGE, referem-se a região metropolitana de Belém.
O índice de dezembro foi 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,79%).
Dentre os grupos pesquisados, Vestuário e Saúde e cuidados pessoais apresentaram queda em dezembro: -1,45% e -0,71%, respectivamente. A maior variação (2,36%) ficou, novamente, com o grupo Alimentação e bebidas, que encerrou o ano com alta acumulada de 15,24%.
A alta foi impulsionada pelo aumento dos alimentos para consumo no domicílio (2,87%), com destaque para Cereais, leguminosas e oleaginosas (5,40%), Carnes (5,22%) e Frutas (5,06%). Produtos como a cenoura (15,35%), o abacate (11,99%), a banana-prata (9,25%), a alcatra (6,23%), o contrafilé (5,89%) e o arroz (5,73%) ficaram mais caros na cesta das famílias.
A batata-inglesa (18,04%) e o óleo de soja (4,59%) também subiram de preço na prévia da inflação de dezembro, mas apresentaram desaceleração na comparação com novembro, quando registraram altas de 33,90% e 25,47%, respectivamente. Entre as quedas no grupo, os destaques foram o melão (-7,45%), o tomate (-4,59%), o leite longa vida (-2,63%), o alho (-2,25%) e a cebola (-1,93%).
O grupo de Transportes, responsável pela segunda maior variação do IPCA-15 (1,37%), registrou alta no preço das passagens aéreas (20,32%), do transporte público (3,78%) e do combustível (1,67%). O aumento no valor do voo foi o segundo maior do ano, ficando abaixo apenas do registrado em outubro (39,42%).
Já o grupo Vestuário fez movimento inverso, apresentando redução no preço de roupas (-1,76%) e calçados e acessórios (-0,94%).